Nesta quarta-feira, 24/01, dezenas de brasileiros, portugueses e pessoas de outras nacionalidades ocuparam as “Escadas Monumentais” da Universidade de Coimbra, em Portugal, numa manifestação em defesa da democracia brasileira e contra a imparcialidade da justiça e do monopólio midiático brasileiro.

Os manifestantes denunciaram a parcialidade da justiça brasileira na condução dos processos contra o ex-presidente Lula, principalmente, aqueles conduzidos pelo juiz Sérgio Moro, em Curitiba, que resultou na sua condenação por mais de nove anos de prisão sem apresentação de provas, ou seja, à revelia da legislação e com o objetivo claro de tirar o ex-presidente das eleições presidenciais que acontecem este ano.

De acordo com os manifestantes, o Brasil vive uma situação de retrocesso, extremamente delicada, diante das medidas tomadas pelo governo golpista, que resultou na retirada dos direitos trabalhistas, no corte dos programas sociais, incluindo as áreas da educação e da saúde, precarizando ainda mais os serviços públicos.

O “Ato em defesa da democracia no Brasil” teve início às 11h30, com os manifestantes segurando cartazes e bandeiras brasileiras.

De acordo com a nota publicada na página da EBRAC – Esquerda Brasileira em Coimbra, movimento responsável pela organização da manifestação, o julgamento sem provas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em andamento no TRF-4 de Porto Alegre, é mais uma estratégia ilegítima dos golpistas no poder de impedir que o povo brasileiro decida sobre o projeto de país que deseja. Por essa razão, o movimento se uniu aos demais brasileiros que estão se manifestando em diversas partes do mundo, na luta em defesa da democracia.