Seria fácil conseguir muitos likes e comentários favoráveis se eu dissesse que o governador Wellington Dias deveria ao invés de estar tentando fazer uma visita a um prisioneiro, na sede da polícia federal em Curitiba-PR, era estar em Campo Maior dando apoio a famílias alagadas em consequência das fortes chuvas que têm caido nos últimos dias, ou estar em Pedro II resolvendo a questão hídrica do município, porque mesmo com as fortes chuvas o Açude Joana continua com níveis baixos de armazenamento ďágua, ou em José de Freitas acompanhando os trabalhos de equipes do governo do estado e do governo federal que trabalham no Açude do Bezerro, que apresentou sérios problemas em sua parede de contenção da água acumulada em sua bacia, com sérias ameaças de rompimento da mesma. 

O preso a que me referi acima não se trata de um preso qualquer. Este preso é nada menos do que o ex-presidente Lula. Levado a esta condição num processo que correu célere, numa justiça que um jornal europeu anotou "que nem sempre foi assim". Veloz para impedir a candidatura do líder em todas as pesquisas para a corrida presidencial de 2018. Sem provas mas com convicções de promotores e juízes. E condenado. Sem direito a habeas corpus negado pelo guardião da constituição, o STF, contrariando a lei maior em seu artigo 5°, inciso LVII, que diz claramente que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença condenatória. 

E não só Wellington Dias governador do Piauí esteve nessa terça, 10/04, em Curitiba. Além de Dias, mais oito outros governadores de estados, também, estiveram no Paraná em apoio ao ex-presidente Lula. Que não obtiveram permissão da justiça para adentrarem à cela onde se encontra Lula. Uma atitude corajosa e destemida destes nove governadores de se deslocarem até a cidade de Curitiba, em defesa da liberdade e dos ideais democráticos. Tão ameaçados nestes últimos tempos. Mantê-los é um dever de todos.

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Herivelto Silva Cordeiro - é servidor público federal - nas redes sociais.