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Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
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12/11/2012 - 10h18

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12/11/2012 - 10h18

Lixo toma conta de hortas em Teresina

O mau cheiro incomoda quem mora nas proximidades e aumenta o risco de doenças.

 Diário do Povo

 

As hortas cultivadas ao longo da avenida Santa Clara, conhecida como avenida do dique, na zona Norte de Teresina, estão se transformando em lixões. Em alguns pontos, onde já existiram hortas, hoje o que se encontram no local são dragas, utilizadas para retirar areia do leito do rio Poti. Na verdade o lixo está presente dos dois lados da avenida, entre residências e bem próximo da via, onde circulam dezenas de veículos todos os dias.

Moradores da Vila São Francisco informaram que o lixo é jogado por carroceiros e por outros moradores. Nos lixões é possível encontrar restos de comida, de materiais de construção, além de animais mortos. O mau cheiro incomoda quem mora nas proximidades e aumenta o risco de doenças. A sujeira prejudica a venda dos alimentos produzidos nas hortas que ainda são cultivadas. Outro problema enfrentado pelos horticultores é a falta de segurança. Como eles só trabalham durante o dia, os vândalos aproveitam a noite para invadir os canteiros e roubar verduras e hortaliças produzidas no local.

O problema se repete nas hortas da avenida Boa Esperança, bem como naquelas da Vila Mocambinho II. Na Boa Esperança, mais precisamente na horta comunitária da Vila Carlos Feitosa, a produção ainda é prejudicada pela escassez de água. Em setembro a reportagem foi ao local e constatou que muitos canteiros não estavam sendo cultivados porque a quantidade de água era insuficiente. "No meu lote há 15 canteiros, mas só estou conseguindo manter 10. Não estou mais plantando o coentro, porque sem água ele não resiste", conta Luzia Lima, vice-presidente da associação dos horticultores da Vila Carlos Feitosa.

A água que irriga as plantações vem de um poço e, nesse período do ano, a quantidade diminui e não é possível atender a todos os 65 horticultores que atuam no local. Quem ainda se mantém na atividade, só não desistiu por não ter outra fonte de renda. Os horticultores também pedem ajuda com sementes, regadores e materiais de proteção, como luvas e chapéus. De acordo com dados da Superintendência de Desenvolvimento Rural (SDR), Teresina possui atualmente 46 hortas comunitárias, onde atuam 2.700 famílias, gerando cerca de cinco mil empregos.

A SDR anunciou que já iniciou a recuperação e modernização das hortas da capital. A distribuição de insumos, como adubo e sementes, estão previstas para o início do próximo ano. Os recursos são oriundos do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e de emendas parlamentares. Segundo a superintendência, R$ 2,3 milhões já estão garantidos.

Diário do Povo

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