Facebook
  RSS
  Whatsapp
Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Notícias /

Geral

Redação

contato@acessepiaui.com.br

24/03/2019 - 19h58

Compartilhe

Redação

contato@acessepiaui.com.br

24/03/2019 - 19h58

Centrais e Sindicatos realizam protesto em Teresina contra reforma da previdência

A concentração teve início às 8h em frente ao prédio do INSS, Praça da Bandeira, e terminou por volta das 12h30 na Avenida Frei Serafim. Cerca de três mil pessoas participaram do ato.

 

Concentração dos manifestantes foi em frente ao prédio do INSS, na Praça da Bandeira - centro de Teresina-PI.

 Concentração dos manifestantes foi em frente ao prédio do INSS, na Praça da Bandeira - centro de Teresina-PI.

Dirigentes e militantes das centrais e sindicatos de trabalhadores do Piauí promoveram nessa sexta-feira, 22 de março, uma grande manifestação em Teresina em protesto contra a reforma da previdência do governo Bolsonaro. A concentração teve início às 8h em frente ao prédio do INSS, Praça da Bandeira, e terminou por volta das 12h30 na Avenida Frei Serafim. Cerca de três mil pessoas participaram do ato. 

Manifestantes percorreram o Centro de Teresina e interditaram várias ruas e avenidas da capital. O movimento foi organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-PI) e contou com apoio de diversos sindicatos, entidades, estudantes e populares. 

Antônio Machado, presidente do Sintsprevs - Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência Social no Piauí, argumenta que "os prejuízos para os servidores públicos serão enormes, porque a reforma propõe quebrar o princípio da paridade. Isto quer dizer que quem é aposentado e recebe acima do salário mínimo não terá mais seu benefício corrigido de acordo com a inflação. Além disso aumenta o tempo de contribuição, o trabalhador terá que contribuir 40 anos para ter direito a aposentadoria integral, sem falar que reduz para R$ 400,00 a aposentadoria dos idosos e deficientes que vivem em situação de miséria social"; alerta.  

José Inácio Schuck, também dirigente do Sintsprevs-PI e conselheiro estadual de saúde ressalta que "a reforma prejudica especialmente o povo mais vulneravel do país, portando o protesto é um recado para os deputados e senadores que não aceitaremos essa reforma que acaba com a previdência pública e institui a capitalização, tirando a responsabilidade do governo e patrões contribuirem para jogarem nas costas dos trabalhadores. A experiência do Chile com esse tipo de previdência capitalizada beneficia apenas os banqueiros, enquanto trabalhador depois de 30 anos a 40 anos de contribuição, quando foram receberem seus proventos, tão recebendo menos de um salário mínimo e, o pior, muitos aposentados estão se suicidando porque não tem como custear suas sobrevivências". 

Com a manifestação, o trânsito parou totalmente no entorno da rua Areolino de Abreu e a Rui Barbosa. Os ônibus ficaram enfileirados na Avenida Frei Serafim e os motoristas e cobradores desceram para apoiar a manifestação.

Para Fernando Feijão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em empresas de Transportes Rodoviários de Teresina (Sintetro), a categoria apoia o movimento e as linhas que passam pela Praça da Bandeira foram paradas no local.

Paulo Bezerra, presidente da CUT Piauí, afirmou que a Reforma da Previdência é prejudicial a classe trabalhadora, e especialmente aos trabalhadores menos favorecidos.

“A população precisa estar ciente de que esse prejuízo é irreparável e quem pode barrar isso no Congresso são os parlamentares. A população pode fazer uma abordagem direta aos parlamentares, dizendo que não queremos essa reforma. O Governo federal não apresentou nenhuma proposta de combate ao desemprego, nem de melhoria para a educação, nem saúde. Nada que se refira ao desenvolvimento econômico e social. A conscientização da população tem que ser feita por nós, temos que estar nas ruas para combater as propostas de retrocesso”, afirma Paulo Bezerra.

Comentários