Um levantamento realizado pelo deputado federal Júlio César (PSD-PI) aponta que a seca, considerada a maior dos últimos 40 anos, está provocando um prejuízo de aproximadamente R$ 2,3 bilhões ao Estado do Piauí.
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O parlamentar estimou que os prejuízos para a agropecuária do Piauí podem superar o valor estimado. O governo tem tomado medidas para tentar minimizar as dificuldades enfrentadas. Mas falta água, alimentos e um terço do rebanho do Estado já morreu. A perda agrícola chega a 100% em algumas regiões do Estado. "Nós tivemos severas perdas agrícolas e pecuárias. Estamos estimando que a perda no PIB agropecuário do Piauí é grande", disse o deputado.
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Para ele o temor é que a seca seja ainda mais rigorosa, já que será prolongada até os primeiros meses de 2013. Algumas medidas paliativas foram adotadas para minimizar os efeitos da seca, como o abastecimento feito através de carros-pipas, subsídio no preço do milho, crédito especial e emergencial para criadores e agricultores, pagamento antecipado de Garantia Safra e do Bolsa Estiagem.
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A Secretaria Nacional de Defesa Civil reconhece que pelo menos 182, dos 224 municípios, estão em estado de emergência. Na região do semiárido, onde a estiagem está castigando, o período chuvoso já começou, mas o índice pluviométrico é muito baixo.
"Existem alguns agricultores que estão cultivando a terra, mas sem a mínima segurança de colheita”, afirma Evandro de Araújo Luz, presidente da Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí).
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De acordo com Sônia Feitosa, meteorologista da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o baixo índice pluviométrico deve continuar. “As chuvas registradas estão muito abaixo da média histórica. A expectativa é que esse perspectiva continue nos meses de dezembro e janeiro”, afirma.
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