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Redação

contato@acessepiaui.com.br

30/09/2019 - 08h39

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30/09/2019 - 08h39

Projeto Viva o Semiárido melhora vida de comunidades rurais no Piauí

Capacitação e orientação às comunidades provam que é possível viver com dignidade mesmo com a seca.

 

 

O secretário de Agricultura Familiar, Hérbert Buenos Aires, acompanhado pelo superintendente do Desenvolvimento Rural, Francisco das Chagas Ribeiro e do coordenador de Comunicação do Governo do estado, Alisson Bacelar, vistaram neste sábado (27) famílias beneficiadas pelo Projeto Viva o Semiárido (PVSA), nos municípios de Várzea Grande e Barra do Alcântara.Também fizeram parte das visitas representantes de entidades, técnicos e lideranças locais.

Dona Raimunda de Souza Carvalho, da comunidade Porenquanto, em Barra do Alcantâra, é beneficiária pelo projeto juntamente com a família (marido e dois filhos), e contou à equipe do PVSA que sempre viveram do que plantavam na roça e que, além de terem aumentado a renda, aprenderam muito com a criação de aves, suínos e beneficiamento de arroz. “Iniciamos em 2017 com 112 frangos e hoje com um pouco de cada produção do que aprendemos nos cursos do PVSA, estamos conseguindo sustentar a família e ajudar a comunidade, onde vivem aproximadamente 70 famílias”, destacou Raimunda.

Hérbert Buenos Aires constatou que o maior tesouro do projeto viva o semiárido não são  matrizes, peixes, produção de hortaliças e outros, mas o conhecimento e o relacionamento. “Quando a gente conversa com as pessoas, como Seu Luiz Honório, por exemplo, da comunidade Porenquanto, onde o projeto está concluído, podemos comprovar que o PVSA é muito maior do que pensamos, vai além da melhoria econômica, ele abre portas", afirmou.

O produtor disse que o projeto vai ficar com ele a vida toda, por causa do que aprendeu nas oficinas e cursos que ele e sua comunidade participaram e não só pelo que colocaram em prática. O gestor também ressaltou o associativismo que gera desenvolvimento e o trabalho de acompanhamento técnico da equipe, muito importante para corrigir questões como manejo e melhorar a produção em qualquer área de investimento da comunidade.

O produtor Luiz Honório de Souza vive na comunidade Porenquanto com a mulher e os dois filhos, e relata que na área de 1 hectare em seu terreno, inserida nos projetos de investimentos produtivos (PIP), onde planta e tem criações de pequenos animais, consegue renda mensal de aproximadamente R$ 2.500. "Melhorar a renda foi muito bom, pois como pedreiro ou outra atividade eu não conseguia nem chegar perto deste dinheiro, mas aprender e ter conhecimento sobre associativismo, trabalhar em grupo e manejos foi o melhor para todos da comunidade que participaram.Com o início na produção de caprino e outros conhecimentos me deu vontade de produzir outras coisas e hoje planto maracujá, crio galinhas, peixe e porco”, pontuou.

Na mesma comunidade, o representante da Rede Parlamentar da Agricultura Familiar, o deputado estadual Francisco Limma,que acompanha o projeto desde o início de sua implantação, ressaltou o trabalho da equipe técnica, liderança e da comunicação por divulgar e valorizar as experiências  das comunidades, que juntas mostram o grande resultado que o Projeto Viva o Semiárido proporciona. "Esta parceria de vários órgãoçs do Estado é muito importante para os resultados do PVSA, com a enorme abrangência que tem, e para a conscientização de que é possível a convivência com o semiárido, e que todos e todas podem viver bem, com dignidade”, afirmou o parlamentar. O PVSA tem atuação conjunta com ONGs, Emater e empresas de assitência, a SAF com apoio dos órgãos co-executores como Seduc,Sasc e Seplan.

O superintendente Francisco das Chagas Ribeiro considera a visita a Várzea Grande no projeto Vila do Trabalhador como um bom exemplo. O projeto incentivou a criação de pequenos animais com destaque para aves e suínos e já recebeu a segunda parcela para aplicação dos no recursos. “Esse projeto  fica no limite com o município de Tanque e onde o grupo de agricultores, com o apoio do PVSA, estão montando um sistema de irrigação para produção de milho", disse.

A ideia é comercializar milho verde e feijão e implantar pastagens para galinhas e caprinos junto com a palma forrageira na variedade orelha de elefante. "Esta é uma região promissora, impactada por plantios de eucalipto e soja, na Chapada Grande e com o  desenvolvimento das famílias esta comunidade mostra resistência e a importância da agricultura familiar”, concluiu Ribeiro.

As visitas culminaram com o lançamento informal do livro "Riquezas do Semiárido - Histórias de sucesso impulsionadas pelas ações do Fida no Nordesto Brasileiro", escrito a partir de depoimentos da publicação das experiências exitosas do PVSA no Piauí, de autoria da consultora do Projeto, Andreia Simone.

As visitas continuam neste domingo no município de Pimenteiras, onde serão visitados os projetos produtivos de Gracilândia,/Tabocas, Lagoa do Barbosa e Maquiné, em que foram beneficiadas 59 famílias. No Vale do Sambito foram implantados 33 PIPs, beneficiadas diretamente 786 famílias (400 mulheres e 126 jovens) e foram investidos R$ 5,863 milhões.

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