A conclusão das investigações da morte de Fernanda Lages pode ser apresentada no próximo dia 22. A informação foi repassada pela Polícia Federal à família da jovem. Entretanto, ainda há um obstáculo: os laudos das perícias realizadas no corpo da estudante em Brasília (DF) ainda não chegaram a Teresina e, por isso, a PF pode pedir mais tempo para terminar os trabalhos.
"Ontem já mantivemos contato com o Doutor Olegário [Nunes, delegado regional executivo da PF]. Ele disse que o prazo vai até o dia 22. Estão dependendo de Brasília, dos laudos. Se os laudos não vierem, virá algum pedido de prorrogação do prazo", disse Cassandra Lages, tia de Fernanda.
O Ministério Público do Piauí estava aguardando o encerramento do inquérito para este sábado (14). O promotor de Justiça Ubiraci Rocha explica que houve uma pequena confusão. "O último pedido de prorrogação deve ter chegado aqui no dia 14 [de abril], mas devemos ter autorizado somente no dia 22. Deve ser a data que eles estão considerando", esclareceu.
Ubiraci afirma que não tem tido mais contato com a PF e que, até o momento, o Ministério Público não recebeu um novo pedido de prorrogação. "Mas se mandarem [o pedido], eles têm que explicar os motivos, mandar os autos. Para autorizarmos, depende dos motivos: se estabeleceram uma nova linha que precisem esgotar", destacou.
Contudo, o promotor acredita que os investigadores não precisarão de um novo prazo, pois já devem ter em mãos a maioria dos laudos.
Além dos exames realizados no corpo da estudante, fora do Estado, e da restauração do celular da jovem, Ubiraci lembra outros resultados que estavam sendo aguardados. "Foi feita, logo no início da investigação, a coleta de materiais para serem comparados com os dois perfis genéticos encontrados no local do crime", afirmou.
Mais de 70 pessoas vinculadas à obra onde Fernanda foi encontrada morta forneceram amostras de saliva para o exame. "Todos os funcionários, todos que tenham qualquer vínculo com a obra, foram chamados, incluindo os vigias, os engenheiros", ressaltou o promotor.
Foi submetido ao procedimento, por exemplo, o engenheiro Jivago Castro, como já havia informado, anteriormente, um de seus advogados. O engenheiro era responsável por uma parte da obra do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), por onde Fernanda entrou no dia de sua morte.
Na expectativa do relatório final, a família de Fernanda sofre com a falta de informações. "Estamos todos apreensivos. Meu Deus, se tiver um novo prazo...! Eles não falam nada. Nunca se sabe, não se chega a conclusão nenhuma. É o jeito lidar com essa angústia. Eu digo sempre para o Paulo [Lages, pai da jovem] ficar calmo, esperançoso. Quem já esperou quase 1 ano espera mais alguns dias", ponderou Cassandra.
Fonte: O Dia
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