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Redação

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25/03/2021 - 13h39

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25/03/2021 - 13h39

Piauienses usaram identidades de mortos para se vacinarem contra Covid

No Brasil, cerca de mil pessoas teriam usados dados de mortos para serem vacinados.

 

Superintendente substituto da CGU no Piauí, Hélio Benvindo

 Superintendente substituto da CGU no Piauí, Hélio Benvindo

A Controladoria-Geral da União (CGU) do Piauí investiga dez casos suspeitos de pessoas que furaram a fila da vacinação contra a covid-19 no estado usando identidades de mortos.

A fraude foi identificada por técnicos da CGU em um cruzamento entre o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) e outros banco de dados. 

No País, cerca de mil pessoas teriam usados dados de mortos para serem vacinados.
O superintendente substituto da CGU no Piauí, Hélio Silva Sousa Benvindo, explicou ao portal Cidadeverde.com que os técnicos de Brasília identificaram a irregularidade e pediram para que a CGU do estado investigar.

Foi identificado essa burla na campanha de vacinação do estado estamos fazendo a filtragem. Há pelo menos 10 casos suspeitos de pessoas que usaram dados de mortos para furar a fila no estado. São datas de falecidos há cinco a 10 anos, não é de nenhuma morte recente”, explicou o superintendente.


Outras irregularidades
De acordo com a CGU, a partir dos cruzamentos, foram identificadas cerca de 50 mil inconsistências no País, o que representa apenas 0,5% do total de 10 milhões de doses consideradas no universo da análise. 

Além da fraude com dados de mortos, há também irregularidades detectadas em pessoa que tomou três ou mais doses da vacina.  Os imunizantes disponíveis são de no máximo duas doses.

Hélio Benvindo disse que o universo de pessoas investigadas no Piauí pode ser maior, e que estava levantando os dados. 

Estamos checando três perfis: os dados de agentes políticos (vereadores, prefeitos, secretários, gestores públicos), os de pessoas que utilizaram identidades de mortos e as pessoas que foram vacinadas e não têm idade nos registros”, disse. 


A instituição em Brasília também apura  fraudes com pessoas abaixo de 60 anos e que fora dos grupos prioritários, além de outras que se imunizaram se passando por profissionais de saúde.    

Se as fraudes forem confirmadas no Piauí, a CGU encaminhará o processo para os Ministérios Públicos Federal e Estadual para serem ajuizadas ações criminais e administrativas contra os criminosos.

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