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Redação

contato@acessepiaui.com.br

13/05/2021 - 08h20

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13/05/2021 - 08h20

Debate na internet discute empoderamento das quebradeiras de coco do Piauí

Vice-governadora Regina Sousa defendeu a criação de uma legislação estadual que vise preservar os babaçuais

 

 

O Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Piauí (Emater-PI) retomou, nesta quarta-feira (12), os debates sobre temas relacionados à agricultura familiar em sua página na plataforma digital do Piauí Conectado e com transmissão simultânea na página do Instituto no Youtube.

Na oportunidade, o tema debatido foi a “Representatividade das quebradeiras de coco babaçu no Estado do Piauí”, abordando desde aspectos relacionados à preservação dos babaçuais ao empoderamento destas mulheres, incluindo situações relacionadas à assistência técnica prestada a estas agricultoras por órgãos que atuam em suas respectivas comunidades, casos do Emater-PI e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O evento virtual contou com a presença da vice-governadora do estado do Piauí, Regina Sousa, que exerceu a atividade na infância, na cidade de União.

“Eu venho de uma família de agricultores, minha mãe e minha avó foram quebradeiras de coco. Teve um drible no destino e eu não continuei na profissão delas, mas tenho parentes próximos que ainda trabalham com isso”, destacou a vice-governadora.

Regina Souza defendeu a criação de uma legislação estadual que regulamente a preservação dos babaçuais piauienses, que têm perdido espaço devido a expansão das culturas extrativistas no Estado.

“É hora de apresentar esse projeto de preservação desse ecossistema, essa lei precisa ser apresentada, porque é muito triste a diminuição dos babaçuais na nossa região e é preciso intervir nisso”, destacou a vice-governadora.

Representantes do Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) apresentaram suas experiências e dificuldades na lida diária da atividade.  A vice-coordenadora do MIQCB, Helena Gomes, destacou os avanços da luta das mulheres quebradeiras de coco do início da organização do grupo aos tempos atuais.

“A gente quebrava o coco para o patrão e não tinha a oportunidade de tirar nem um litro de azeite e diante de todas as lutas, dos anos de 1980 para cá, a gente conseguiu hoje estar libertas de muitas coisas, empoderadas, fazendo parte de cooperativas, associações, sindicatos, muitas de nós estão na política partidária.  Hoje, vemos como a mudança foi imensa e onde chegamos, o nosso tamanho”, destacou Helena Gomes.

A atividade da quebra do coco babaçu tem garantido a renda de gerações grupos de mulheres da região norte do Brasil, incluindo o Piauí, que dedicam suas vidas à coleta e quebra do coco. A atuação dessas mulheres garante um versátil óleo natural, utilizado da culinária à indústria da beleza.
O diretor-geral do Emater-PI, Francisco Guedes, destacou que o Instituto está atento às demandas das agricultoras e a importância do encaminhamento destas em busca de suas soluções.

“É importante que a gente encaminhe tudo o que foi discutido aqui neste encontro e as mulheres quebradeiras de coco podem contar com a gente. Nosso compromisso no Emater-PI é com a produção, com o social e com a geração de renda”, destacou, Francisco Guedes.
A íntegra do debate está disponível no canal do Emater-PI no YouTube.

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