Com o slogan “Vamos parar de falar e agir também” estampado em sua foto de capa, usuários do Facebook criaram uma página chamada “Eu amo os rios Poty e Parnaíba” em prol do salvamento desses rios.

Uma das idealizadoras do projeto, Aretusa Bispo, diz que a página foi fruto de sua indignação. “Todo mundo fica aí assinando petições de salvem a Amazônia e por isso acham que estão salvando o meio ambiente. Surgiram mil e uma fotos de protestos sobre a situação do Rio Poty, mas de verdade eu não estava a par de nenhum movimento real”, disse ela.

A poluição dos rios que cortam Teresina, especialmente o rio Poty, fica evidente pela quantidade de capim-canarana e aguapés que se multiplicam de forma assustadora. Quanto maior a contaminação da água, maior o volume desse tipo de vegetação no leito do rio.

Diante dessa situação, o estudante de Artes Visuais, Rogério Narciso, que é um dos divulgadores do projeto, ressaltou a importância das redes sociais na mobilização da população para campanhas como está. Segundo ele, a internet “é espaço de comum uso, é democrático, e apresenta grande facilidade de propagação de informações. O compartilhamento de ideias tem se tornado ferramenta precisa, de importância vital no surgimento de inúmeras campanhas sociais. A possibilidade de rápida mobilização é outra característica facilitadora”.

Segundo Aretusa, a página tem por objetivo primeiro informar os internautas sobre a situação dos Rios, que muitas vezes não é do conhecimento de grande parte da população, além de promover um debate de ideias em torno do assunto, como ressalta a postagem inicial: “Estamos unidos em busca de soluções! Quem tiver ideias se sinta livre e bem vindo para expor todas elas!”

A página também disponibiliza um link de acesso ao Termo de Ajuste de Conduta (TAC), entre o Ministério Público Federal, a Agespisa, o Município de Teresina e o Ibama, firmado em 2007, que tem o objetivo de combater a poluição nos rios Poty e Parnaíba. “Um trecho da TAC diz que é dever da população reagir a esse tipo de situação, dela e da União, e é isso que queremos, mostrar que nos importamos. Como desejar o devido respeito e cumprimento de propostas, leis e acordos em nossa cidade se nos mesmos não demonstramos dar qualquer valor a tudo isso?”, questionou Aretusa.