Facebook
  RSS
  Whatsapp
Quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025
Colunas /

Cultura

Cultura

cantidiosfilho@gmail.com

18/02/2025 - 08h06

Compartilhe

Cultura

cantidiosfilho@gmail.com

18/02/2025 - 08h06

QUITANDINHA

 

"Tinha caixa de Maizena, biscoito  Aimoré, sardinha..."

 "Tinha caixa de Maizena, biscoito  Aimoré, sardinha..."

Razão social não tinha;
tinha caixa de Maizena,
biscoito  Aimoré, sardinha.
E, em posição de sentido,
garrafas de cajuína;
tinha um doce que sabia
a mão de dona Purcina.
Livro de conta não tinha;
tinha o gato que dormia
sobre um  saco de farinha.
Tinha o menino poeta,
meio avesso, desatento,
que sempre errava no troco,
que conversava com o vento
e era tido como louco.
O tempo passando, e um dia,
a quitandinha fechou...
Ficou somente a poesia,
miúda mercadoria,
por não achar comprador.

(C S - Miudezas em geral)

*****
Cineas Santos é professor, escritor, poeta e produtor cultural - nas redes sociais. 

Comentários