Com a premiação do filme "Ainda estou aqui" com o Oscar de melhor filme estrangeiro, acendeu uma comoção geral e uma grita por uma reabertura do caso do assassinato do cidadão e engenheiro Rubens Paiva que se tornou deputado eleito por São Paulo em 1971. O Deputado foi levado ao DOPS e nunca mais apareceu. 

Até quem foi apoiador aproveita a oportunidade pra tirar proveito da situação. Não sei quais providências foram tomadas para punir os culpados pelos atos de censura e tortura relacionados  no dossiê resultado do excelente trabalho da comissão "Tortura Nunca Mais" . 

O fato é que quando da votação do impeachment da Presidenta Dilma Roussef, momento em que descaradamente se reverenciou o torturador Ustra (que ironicamente tem no seu nome a palavra Brilhante) e referencias ao lema da extrema direita que apoiou o golpe civil de 1964 (Deus, Pátria e Família),  o presidente da Sessão de votação deveria ter dado voz de prisão ao canalha Bolsonaro por apologia à tortura conforme previsto em lei. 

Em agosto de 2016, Dilma foi cassada assumindo a presidência o golpista colocado dentro do barco governista em nome da governabilidade. O resto da história todos sabemos. 

Aqui na nossa Teresina tem uma denúncia de que,  no projeto de reforma da Central de Artesanato Mestre Dezinho, existe a proposta de tornar o "Porão da Tortura" que fica  aberto ao público na loja de artesanato do escultor Carlão, uma fossa séptica de um restaurante que se pretende instalar naquele importante equipamento cultural da nossa cidade. 

Mais que nunca devemos "avivar" a nossa memória histórica para servir de alerta para que atrocidades como a ditadura militar não aconteçam nunca mais. 

Em tempos: os legisladores de Teresina devem aprovar a troca de nomes de todos os logradouros públicos que levem o nome de pessoas que não contribuíram positivamente para a nossa história; principalmente os ditadores e seus agentes.

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Gilson Caland, educador e produtor cultural - nas redes sociais.