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17/07/2012 - 08h14

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17/07/2012 - 08h14

Professores federais decidem manter greve

A categoria recusa a proposta apresentada pelo governo sob a alegação de que só privilegia 7% dos docentes.

 Redação

 

Os professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) decidiram em assembleia, nesta segunda-feira (16), manter a greve que completa hoje 60 dias. De acordo com a categoria, a proposta apresentada pelo governo privilegia somente 7% dos docentes.

“Na assembleia se constatou um clima de insatisfação com a proposta apresentada pelo governo, que foi reprovada. Avaliamos ser necessário intensificar a mobilização para que haja avanço nas negociações na reunião do próximo dia 23 com o governo. Até lá a greve continua”, afirmou o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi), Mário Ângelo.

A proposta do governo federal, que entraria em vigor a partir de 2013, reduz de 17 para 13 os níveis da carreira. Em nota, o Ministério do Planejamento afirmou que “todos os docentes federais de nível superior terão reajustes salariais além dos 4% já concedidos pela MP 568 retroativo a março, ao longo dos próximos três anos”. Pela proposta, o salário inicial do professor com doutorado e com dedicação exclusiva será de R$ 8,4 mil. Os salários dos professores já ingressados na universidade, com título de doutor e dedicação exclusiva, passarão de R$ 7,3 mil (valor referente a fevereiro) para R$ 10 mil. Ao longo dos próximos três anos, ainda de acordo com a proposta do governo, a remuneração do professor titular com dedicação exclusiva passará de R$ 11,8 mil (salário de fevereiro) para R$ 17,1 mil. O aumento, neste caso, é de 45%.

Entretanto, os docentes consideram que, dessa foram, ocorrerá uma estagnação e até perda salarial. “A tabela apresentada pelo governo somente seria alcançada em março de 2015. Portanto, é preciso considerar a inflação ocorrida/projetada no período de julho de 2010 a março de 2015. Tomando como referência o ICV medido pelo DIEESE e uma projeção inflacionária com base na média dos últimos 30 meses, a desvalorização salarial entre julho de 2010 e março de 2015 é de 35,55%. Para algumas classes, haverá redução de mais de 8% do valor real da remuneração”, aponta a categoria.

De acordo com o último levantamento do Andes e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), o movimento conta com a adesão, total ou parcial, de professores de 56 das 59 universidades federais e 34 dos 38 institutos, além dos dois Centros de Educação Tecnológica (Cefets) e do Colégio Federal Pedro II. Servidores das universidades e institutos federais também estão paralisados desde 11 de junho.

Os servidores federais em greve estão organizando várias atividades na próxima quarta-feira (18), para que o governo atenda às reivindicações dos funcionários. O secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, tem uma reunião agendada com Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) na próxima segunda-feira.

Fonte: Assessoria de imprensa e G1

Redação

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