O telefone celular de Patrícia Poeta toca durante a entrevista. Ela sorri, reduz o volume e diz que não vai atender. “Claro que não. Eu faço uma coisa de cada vez”. Esse é o segredo dela para lidar com a tripla jornada: a rotina profissional, como apresentadora e editora-executiva do "Jornal Nacional", as funções de mãe de Felipe, de 10 anos, e o casamento com o diretor executivo da TV Globo Amauri Soares. “Podemos fazer tudo, desde que nos organizemos. A questão é tentar fazer uma coisa de cada vez, para não se estressar. E esse equilíbrio é possível”, afirma. A jornalista ainda fala de seu bom-humor. "Nunca acordo de mau humor. Nada me tira do sério".
Aos 37 anos, a jornalista assume que só chegou até aqui graças às boas chacoalhadas do destino, que a mandou de Porto Alegre para São Paulo e Nova York e, mais recentemente, do "Fantástico" para a bancada do telejornal mais importante do país. “Tem momentos da vida que exigem uma ruptura, que a gente largue a zona de conforto”, filosofa, ao lembrar que saiu da pequena São Jerônimo, cidade com pouco mais de 20 mil habitantes na região metropolitana de Porto Alegre, para morar na Big Apple. E o cinco anos que viveu lá com o marido foram de mil afazeres, mas o sufoco teve seu lado bom: “Serviu para eu aprender, desde nova, a me organizar. E para criar com Amauri uma cumplicidade ainda maior, porque éramos só nós, sem família por perto. A gente se ajudava o tempo todo”. Veja, abaixo, alguns trechos da entrevista de Patrícia Poeta a Marie Claire de março.
BELEZA GLOBAL
Patrícia não gosta do assunto beleza, embora não negue a importância da imagem para as funções que exerce na televisão. “Sinceramente, não penso nisso”, diz. “Não penso em como vou estar fisicamente daqui 20, 30 ou 40 anos, se vou estar bonita ou não. Não me interessa. Eu quero é ser uma mulher feliz. Lá pelos meus 70 anos, sentir que fiz coisas que valeram a pena. Mesmo assim, não adianta projetar. Melhor é deixar acontecer.”
MULHER DETERMINADA
Patrícia já viveu alguns momentos decisivos, e quase sempre preferiu arriscar. “Em Nova York, parei de trabalhar para só estudar. É um passo que exige coragem. Às vezes, é bom a gente dar uma mexida, aprender coisas novas”, diz. “Eu sou assim: levo um tempo amadurecendo a decisão, mas quando decido, ninguém me faz mudar de ideia. Vou no meu feeling.”
CASAMENTO DURADOURO
“Estamos sempre grudados. Um sempre sabe o que o outro está pensando, a gente não precisa nem falar”, afirma. “Quando você é parecido, acredita nas mesmas coisas básicas da vida, tem o mesmo tipo de pensamento em relação à família, dá certo. Somos muito parecidos, com histórias semelhantes.”
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.