Os autodenominados "boinas amarelas" chamam a atenção para o excessivo atraso na conclusão da barragem de Estreito, da adutora do Sudeste, da barragem e adutora de Piaus.
Eles denunciam também que a barragem Poço do Marruá, inaugurada desde 2010, não está atendendo os moradores da região.
Esta semana o Ministério Público Federal, por meio do procurador da República Kelston Pinheiro Lages, ajuizou uma ação civil pública de obrigação de fazer, com pedido de antecipação de tutela, pedindo que a Justiça obrigue o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS) a garantir os recursos para a construção do Sistema Adutor do Sudeste Piauiense, popularmente conhecida como adutora Sudeste.
Animais mortos foram encontrados no percurso da XI Marcha contra a Corrupção e pela Vida (Fotos: Força Tarefa Popular)
O movimento Força Tarefa Popular, por seu turno, encaminhou um ofício ao DNOCS solicitando explicações para a demora na conclusão das obras.
Mesmo barrenta, água tem valor de ouro no sertão piauiense
De fato, em períodos de seca duradoura que coincidem com anos eleitorais, é comum a Justiça receber inúmeras denúncias de casos de políticos que apelam para a abominável prática de oferecer água aos moradores do semiárido em troca de votos. "Centenas de caminhões pipa transportam água para vender. Quem lucra com a seca? Num momento eleitoral, como este, água não é só vida, é dependência, é desespero. E esta realidade ajuda a manter no poder aqueles que vivem omissos quando o assunto é levar água para as casas pelas adutoras e acabar com os carros pipas", critica o coordenador do movimento.
Boinas amarelas denunciam a subutilização da água acumulada nas barragens
Durante a marcha, os integrantes da Força Tarefa Popular visitaram as cidades de Marcolândia, Francisco Macêdo, Alegrete, Vila Nova do Piauí, Campo Grande do Piauí e Picos. No trajeto, eles fiscalizaram a execução de convênios do governo federal e estadual, visitaram Câmaras de Vereadores para analisar balancetes e prestações de contas e ainda realizaram palestras e cursos de controle social para os moradores do sertão piauiense.
Em alguns trechos do percurso os moradores visitados acompanhavam os boinas amarelas, como demonstração de apoio à iniciativa.
Os integrantes da Força Tarefa Popular salientam que o esclarecimento da população é o caminho mais eficaz para aumentar a fiscalização sobre o uso dos recursos públicos.
Água não chega a quem precisa
Os integrantes da Força Tarefa Popular durante a XI Marcha
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