O tempo passou, o Campeonato Piauiense acabou, e o ‘repasse emergencial’ prometido pelo Governo do Estado aos clubes há cerca de dois meses ainda não saiu do papel. Após anunciar que o pagamento seria efetivado há cerca de 10 dias, até hoje o governo não depositou o dinheiro prometido e apenas anuncia novas datas.
No início de março, representantes dos clubes participantes do Campeonato Piauiense e também da Federação de Futebol do Piauí (FFP) se reuniram com o governador Wilson Martins, no Palácio de Karnak, para tratar de assuntos relacionados ao futebol. Na ocasião, atendendo a um pedido de Reinaldo Ferreira, presidente do Piauí, o governador prometeu um repasse que seria feito de forma emergencial para os clubes, no valor de R$ 350 mil.
O objetivo era que os clubes pudessem usar o dinheiro para investir na construção de elencos mais fortes para o Estadual. O prazo para inscrição de mais jogadores acabou, o Campeonato Piauiense terminou no último domingo (19), e até hoje nada foi repassado para os clubes. A quantia, no entanto, ainda seria útil para a quitação de dívidas e investimentos para a Copa Piauí, competição marcada para o segundo semestre.
A demora foi justificada por representantes do governo como resultado de um impasse jurídico, que impediria a transferência de dinheiro do poder público para os clubes. No entanto, segundo Fenelon Rocha, coordenador de comunicação do estado e um dos mediadores da negociação, tudo estaria resolvido e o repasse seria efetivado através da coordenadoria de comunicação até, no máximo, o último dia 10.
- Tudo foi resolvido e o repasse deve ser efetuado até o final da semana através da CCOM – afirmou Fenelon no início de maio.
De lá para cá, no entanto, nada foi feito. O dinheiro até hoje não foi depositado nas contas de nenhum clube. Dirigentes relatam que toda semana são feitas novas promessas, mas o problema nunca se resolve.
- Toda sexta-feira dizem que vai sair, que vai sair, mas nunca sai. Já nem conto mais com isso. O dinheiro daquele programa da Nota Fiscal, em 2010, até hoje não chegou para a gente – relata o dirigente de um clube local.
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