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24/05/2013 - 10h30

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24/05/2013 - 10h30

TV favorece domínio Rio-SP no Brasileirão

Times dos dois estados faturam mais, mas Grêmio, Inter, Atlético-MG e Cruzeiro acreditam que podem encerrar sequência de nove títulos de cariocas e paulistas

 iG

Cruzeiro de 2003 foi o último time de fora do eixo Rio-SP a faturar o Brasileirão

 Cruzeiro de 2003 foi o último time de fora do eixo Rio-SP a faturar o Brasileirão

O Campeonato Brasileiro 2013 começa neste sábado. O torneio chega à sua 11ª edição no formato de pontos corridos e em apenas uma, na primeira, em 2003, um clube fora do eixo Rio-São Paulo ficou com o título. O Cruzeiro iniciou essa nova fase do maior campeonato do país, mas depois dos mineiros, apenas Santos, Corinthians, São Paulo, Flamengo e Fluminense celebraram títulos do Brasileirão.

Um dos motivos que favorecem esta situação está na disparidade entre os contratos de transmissão de jogos e de patrocínios de clubes dos dois estados com os grandes de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, donos de sete títulos brasileiros.

Corinthians e Flamengo faturam mais de R$ 100 milhões com a TV Globo. São Paulo e Palmeiras ganham mais de R$ 80 milhões. O Vasco, R$ 75 milhões. O Atlético-MG e Cruzeiro recebem R$ 58 milhões. O Grêmio e o Inter, R$ 60 milhões, valores parecidos ao de Santos, Fluminense e Botafogo. Com mais dinheiro, clubes de Rio e São Paulo conseguem montar elencos melhores e assim suportar as 38 rodadas do Brasileirão. A conta é simples.

Ainda assim, mesmo sem a disparidade dos valores de arrecadação, tradicionalmente sempre houve hegemonia de clubes de Rio e São Paulo no Brasileirão. Entre 1971 e 2002, apenas nove campeonatos foram conquistados por times de fora do “eixo”, costumeiramente destino dos melhores jogadores por ter os clubes mais ricos do país.

Mineiros e gaúchos confiam na quebra da hegemonia do "eixo"

Neste ano, os técnicos dos grandes clubes com condições de desbancar paulistas e cariocas acreditam que a diferença de receita não é determinante para o sucesso. Dunga, do Inter, aponta outras dificuldades neste caminho.

“O Brasileiro é desgastante, principalmente, para nós gaúchos. Na Europa as maiores viagens são de uma hora, com a mesma alimentação, com o mesmo clima e o mesmo campo. Saímos daqui para jogar em Recife, são oito horas, fora os 30º C. Então o desgaste físico e mental é enorme”, disse o treinador em entrevista para a Rádio Gaúcha. O Inter não fatura um título brasileiro desde 1979.

Marcelo Oliveira, do Cruzeiro, chegou ao clube neste ano e acredita que para surpreender os favoritos terá de trabalhar muito. "A expectativa é muito boa, tem um horizonte aberto aí. O elenco do Cruzeiro é de grande qualidade, gosta de trabalhar, e queremos trabalhar muito. O futebol não para. Temos que sempre melhorar, ter ambição e buscar mais", disse ele sobre as perspectivas para o Brasileiro e a esperança de repetir 2003.

No Atlético-MG, Cuca ainda fala em Libertadores e vai poupar titulares nas primeiras rodadas do torneio. “Um torneio longo, em que cada rodada tem peso igual, deve ser encarada da mesma forma desde o início. Mas é comum um time que está na Libertadores priorizar em determinado momento”, avaliou o treinador. O Atlético ainda carrega sua solitária estrela amarela referente ao Brasileiro de 1971, o único conquistado pelo clube.

Já o Grêmio, à espera de uma taça do Brasileirão desde 1996, caiu na Libertadores e com um dos elencos mais caros do país, não vê outro objetivo senão lutar pelo título nacional. Vanderlei Luxemburgo, campeão nas duas primeiras edições do campeonato por pontos corridos, vê no torneio a única chance de resgatar seu prestígio perdido.

“A vida segue dentro de um processo normal. Quando se perde uma competição, ainda mais um clube que está muitos anos sem grandes conquistas, as cobranças são muito maiores, mas entendo as cobranças da torcida e da imprensa como algo natural. O Grêmio entra como um dos candidatos no Brasileiro, pelo elenco que temos", disse o treinador.

iG

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