A Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Piauí (ADCESP) decidiu na manhã desta sexta-feira (3) deflagrar a greve dos professores da Uespi. Com a paralisação, o início das aulas do segundo semestre está suspenso.

Segundo a professora Lina Santana, presidente do sindicato, o governo voltou atrás na proposta de reajuste salarial de 37% que daria a categoria, equiparando assim com o piso dado pela Universidade Estadual do Ceará. A decisão de greve foi dada logo após a reunião de urgência com o secretário Paulo Ivan, que decidiu romper negociações com a categoria.

A ADCESP informou que planejam organizar uma assembleia unificada com os técnicos e alunos da universidade, além de caravanas para o interior do estado.

Desde o dia 18 de março, representantes da ADCESP e do movimento estudantil da Uespi buscam respostas efetivas através de negociações com o governo do estado, sem êxito.

De acordo com a Associação, por diversas vezes, desde a suspensão da greve em maio, a categoria tenta diálogo para uma tentativa de acordo, que possibilitasse a resolução aos graves problemas que a Universidade Estadual do Piauí sofre.

“Infelizmente, constatamos que durante todo este tempo a postura do Governo de Wilson Martins(PSB) não somente em relação ao andamento das negociações, mas também com o trato para com os representantes Uespi foi de total descompromisso e falta de respeito. Por diversas vezes, fomos obrigados a ficar durante horas esperando no Palácio de Karnak a boa vontade do governador em nos atender, outras tantas vezes fomos informados por representantes do governo, em cima da hora, que a reunião marcada havia sido cancelada, sem nenhuma justificativa”, declara a ADCESP.

Os professores reivindicam: respeito e cumprimento à data base da categoria; reajuste salarial digno, como calculado pelo DIEESE; reforma imediata nas instalações físicas da Universidade; construção de R.U e moradias Universitárias em todos os campi da Uespi; contratação imediata de todos os aprovados no concurso público.