A contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2014 marca nesta quarta-feira um ano para o pontapé inicial do torneio, na Arena Corinthians, em São Paulo. Das 12 sedes apontadas pela Fifa para a competição, seis têm seus estádios prontos para a Copa das Confederações , que começa neste sábado.
O número soa como satisfatório, porém, à exceção de Castelão, em Fortaleza, e Mineirão, em Belo Horizonte, as outras quatro sedes tiveram seus cronogramas arrastados até abril ou maio deste ano, além da previsão inicial de conclusão de suas construções - dezembro de 2012. Dado o estágio atual dos estádios em obras, o mesmo pode acontecer em 2014.
A presidenta Dilma Rousseff, durante a inauguração da Arena Pernambuco, em maio, se mostrou satisfeita com a entrega dos estádios para a Copa das Confederações, ainda que tenha ignorado o prazo não cumprido na maioria deles: Maracanã, no Rio, Arena Fonte Nova, em Salvador, Arena Pernambuco, em Recife, e Mané Garrincha, em Brasília, tinham, de acordo com seus cronogramas, de serem finalizados em dezembro de 2012.
"Muita gente não acreditava que nós seríamos capazes de construir esses estádios antes da Copa das Confederações e nos padrões exigidos pela Fifa para esse evento, e também para a Copa do Mundo", disse Dilma. "Mas os trabalhadores que construíram esses estádios, os empresários contratados e todos os governos envolvidos provaram que o Brasil é capaz de aceitar desafios e cumprir os compromissos que assume pontualmente", completou. Dos seis estádios, dois, Mané Garrincha e Maracanã, tiveram seus primeiros jogos teste a menos de um mês do início da Copa das Confederações.
O Maracanã, palco da final do torneio teste da Fifa para a Copa, tinha 60% das obras concluídas em junho de 2012. Um ano depois, neste mês, mesmo com seu entorno em obras, recebeu amistoso da seleção brasileira contra a Inglaterra antes de estar 100%. Para o primeiro jogo no estádio, domingo, entre México e Itália, o problema das obras no entorno não estará totalmente resolvido , admite o Comitê Organizador Local da Copa.
Nos seis estádios ainda em obras, o cenário não é muito diferente dos que, há um ano, se preparavam para receber a Copa das Confederações, como o Maracanã. Arena das Dunas, em Natal; Arena Pantanal, em Cuiabá, e Arena da Amazônia, em Manaus, as obras caminham em ritmo lento.
Em Cuiabá, o estádio tem 70% das suas obras prontas. Em Manaus, são 62% de conclusão e em Natal, 66%, de acordo com o portal do governo federal para a Copa. O Beira-Rio, em Porto Alegre, e a Arena da Baixada, em Curitiba, já superaram os 70%.
O estádio do Corinthians, palco da abertura da Copa, tem 78% das obras concluídas. Ainda que tenha o estágio mais avançado entre os estádios que não estão prontos, é a arena que mais preocupa a Fifa. Tanto que em maio houve ruídos entre o clube e a entidade .
Infraestrutura
Além de estádios, a Copa também motivou obras em todas as cidades-sede. Das 109 obras previstas, 19 projetos não saíram do papel e sete foram abortados. Entre eles estão os monotrilhos de São Paulo e Manaus, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Brasília e intervenções de mobilidade em Curitiba, Natal e Manaus. A ampliação da pista do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, também foi cancelada. Dos 74 projetos em andamento, 45 são de mobilidade urbana, seis em estádios, 17 em aeroportos e seis em portos (Fortaleza, Natal, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e Santos).
O custo total da Copa aumentou em quase R$ 2 bilhões entre o anúncio das obras e a execução dos projetos. Em janeiro de 2010 o investimento previsto era de R$ 23,53 bilhões. A última projeção, de maio de 2012, aponta gastos de R$ 25,52 bilhões, já excluídos os projetos que não foram adiante. O governo federal se responsabilizou com um total de R$ 14,99 bilhões. Os governos estaduais e municipais com R$ 6,29 bilhões e a iniciativa privada com R$ 4,25 bilhões.
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