A onda de manifestações que começou em São Paulo, inicialmente contra o aumento das tarifas de transporte público, chegou a Brasília na véspera da estreia da Seleção Brasileira na Copa das Confederações.
Nesta sexta-feira, um dia antes do jogo contra o Japão, mais de uma centena de pessoas desfilou diante do Estádio Mané Garrincha para protestar. Os manifestantes levaram muitas faixas e até atearam fogo em uma barricada de pneus, com o intuito de fechar o fluxo de veículos em uma das vias de acesso à arena.
Suas faixas reclamavam do “AI6 da Copa” (em alusão ao Ato Institucional número 5, o mais duro da ditadura militar brasileira), pediam “liberdade” aos manifestantes de São Paulo, reforçavam que não se tratavam de “terroristas” e criticavam principalmente os gastos do governo para a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Havia também quem lutasse por habitação.
Em Brasília, ao contrário do que ocorreu em São Paulo, não houve violência, pelo menos durante a manhã. Policiais acompanharam a manifestação de perto, alguns com armas à mostra, mas não fizeram uso de força para dispersar os manifestantes, escoltados por inúmeras viaturas e observados à distância até por um helicóptero.
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