O presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Paulo Wanderley Teixeira, anunciou, neste domingo (5), a premiação pelos resultados obtidos nas Olimpíadas de Londres. A entidade dobrará os valores oferecidos pelo Bradesco, seu principal patrocinador. Assim, o ouro de Sarah Menezes renderá à judoca piauiense R$ 100 mil.
Originalmente, a CBJ havia anunciado que o Bradesco premiaria com R$ 50 mil a medalhista de ouro piauiense e com R$ 10 mil os medalhistas de bronze brasileiros. Mas o patrocinador resolveu dobrar a quantia e ainda oferecer premiação para os judocas brasileiros que alcançaram o quinto e o sétimo lugares. Com isso, Felipe Kitadai, Rafael Silva e Mayra Aguiar (todos bronze em Londres) receberão R$ 20 mil, enquanto Maria Suelen Altheman e Tiago Camilo ficarão com R$ 10 mil e Leandro Guilheiro embolsará R$ 5 mil.
“É um reconhecimento pelo resultado da equipe. E não apenas a medalha merece ser valorizada. Chegar em quinto e em sétimo são posições elogiáveis em Jogos Olímpicos”, disse o presidente da CBJ. “Sabemos bem do esforço e da dedicação de cada um desses atletas para estarem em Londres. Não por acaso, já havíamos pago R$ 1 milhão, divididos pela equipe, pela classificação olímpica. Foi um processo desgastante em busca da vaga, que deve ser recompensado e reconhecido por todos”, completou Paulo Wanderley Teixeira.
O desempenho em Londres valeu ao judô brasileiro alguns feitos importantes. A melhor participação olímpica da modalidade em todos os tempos (recorde de quatro pódios) garantiu ao judô oitava Olimpíada consecutiva com medalhas (desde Los Angeles 1984). Foi ainda a primeira final olímpica do judô feminino (e, naturalmente, o primeiro ouro), e foram também os primeiros pódios dos pesos ligeiro e pesado masculino. Somando 19 medalhas olímpicas na história, o judô superou momentaneamente a vela (17), em Londres, como esporte mais vitorioso do país na competição.
“Se pudesse resumir o motivo do nosso desempenho em Londres diria que é o resultado de talentos (dos atletas) bem planejados”, disse o coordenador técnico da CBJ, Ney Wilson. “Mesmo aqueles que não ganharam medalhas tiveram importante participação nesse processo e fazem parte da conquista. A diferença entre subir ou não no pódio olímpico é um detalhe. São todos vitoriosos”, elogiou o dirigente.
O próximo compromisso da Seleção Brasileira de Judô será entre os dias 26 e 28 de setembro, em Salvador/BA, onde será disputado o Campeonato Mundial por Equipes. A seleção masculina busca o ouro inédito, depois de somar quatro pratas e um bronze no evento. Já o time feminino quer subir ao pódio pela primeira vez. A convocação da equipe será em 28 de setembro.
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