Demorou quase uma vida inteira, mas a Seleção Brasileira finalmente fará um jogo oficial de competição em Fortaleza. O data 19 de junho de 2013 ficará marcada para sempre na história da cidade como o dia em que o time de Luiz Felipe Scolari lutou por três pontos em uma partida chancelada pela Fifa.
Nesta quarta-feira, às 16h, na Arena Castelão, além de poder viver a atmosfera de uma partida de Copa do Mundo com um ano de antecedência, os quase 56 mil torcedores que comparecerem à praça esportiva poderão ver a equipe brasileira classificada por antecipação às semifinais da Copa das Confederações. Para isso, basta uma vitória sobre o México, que ultimamente tem sido o maior carrasco nacional em termos futebolísticos, somada a um empate entre Itália e Japão, jogo que acontece nesta noite, em Recife.
Desde a primeira vez, que ocorreu 27 de agosto de 1981, na vitória de 1 a 0 contra o Uruguai, até a derrota para o Paraguai pelo mesmo placar, em 21 de agosto de 2002, na partida em comemoração ao pentacampeonato então recém-conquistado, o estádio Castelão teve a oportunidade de receber apenas partidas amistosas.
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Para os donos da casa, hoje é dia também de buscar manter uma longa série invicta, mais precisamente de 11 anos. Foi justamente naquela apresentação da equipe em 2002 que aconteceu a última derrota brasileira em solo nacional.
Velocidade
Para obter seus primeiros três pontos para valer na história em jogo no Gigante da Boa Vista, o Brasil de Luiz Felipe Scolari vai apostar na velocidade, diferentemente da estratégia adotada na partida de estreia, em Brasília.
"O estilo de jogo do México é diferente do estilo do Japão e de qualquer outra seleção. Se não trabalharmos a bola rapidamente, teremos muita dificuldade", explicou o comandante brasileira, em coletiva, ontem, antes do treino de reconhecimento do gramado do Castelão.
"O México vai vir com duas linhas de quatro. Eles são rápidos em se recompor quando perdem a bola", completou Felipão.
Justamente pensando em aproveitar melhor as individualidades de seus comandados, o treinador brasileiro tem apostado na repetição da escalação. Será a terceira vez consecutiva que a equipe entrará em campo com a mesma formação - nos triunfos diante da França, em Porto Alegre, e sobre os japoneses na capital federal, a equipe atuou com os mesmos onze que iniciarão no jogo desta quarta-feira.
Revanche, não
Um desses onze que tem vaga garantida na 32ª vez que as duas seleções se encontram é o meia-atacante Hulk. Ele foi um dos que amargaram a última derrota para a Tricolor. Apesar disso, ele rechaçou qualquer sentimento de vingança. "O México é uma grande equipe, sabe jogar contra nós. Nas Olimpíadas, mostrou um bom futebol contra a gente e nos tirou a medalha de ouro que nós tanto queríamos. Mas não pensamos em revanche e, sim, encaminhar nossa vaga para a segunda fase", afirmou o jogador do Zenit, da Rússia.
E é pensando adiante que está também o defensor David Luiz. "No passado se fala mais para se obter números, mas a atual situação é que enfrentaremos um adversário que vai para o tudo ou nada. Precisamos lidar com isso, e temos que lembrar que estamos em uma situação melhor que eles no grupo", argumenta o camisa 4 da Seleção.
Seleção evita treinos pesados
A Seleção Brasileira de Futebol fez o reconhecimento do gramado da Arena Castelão, na tarde de ontem, no último preparativo para o jogo contra o time do México na tarde de hoje. O coletivo começou por volta das 15h20 e terminou às 16h30.
A sessão leve durante a tarde leva à impressão que o time está cansado. Desde a partida contra o Japão, no último sábado, 15, a Seleção Brasileira não fez nenhum treino forte. A comissão técnica entende que o time precisa mais de descanso e menos de ajustes, por isso escolheu uma agenda leve nos últimos dias.
A maior preocupação do preparador físico Paulo Paixão é com o desgaste da seleção. Por isso, os trabalhos se concentraram em corridas breves, trabalhos na piscina, alongamento e alguns recreativos. A maioria dos jogadores do Brasil está no fim da temporada europeia, o que aumenta a preocupação com a saúde dos atletas.
Fred
Quem está com "fome" de vitória e de gols é o atacante da Seleção Brasileira Fred. Apesar de não estar feliz por ainda não ter marcado nenhum gol na competição, Fred não vai abaixar a cabeça diante dos mexicanos. Aliás, o plano do atacante para a partida é exatamente o contrário. "Vai sobrar para o México", disse, com segurança, o centroavante brasileiro.
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