O governador Wilson Martins participou, nessa segunda-feira (24), de reunião com Dilma Rousseff, demais governadores e prefeitos de capitais para tratar das propostas do Governo Federal em resposta às reivindicações dos protestos populares da última semana. Segundo Wilson, a reunião foi bastante positiva, mas é preciso haver celeridade na execução das propostas.
Durante o encontro, Dilma propôs a governadores e prefeitos pactos em cinco áreas: mobilidade urbana, saúde, educação, reforma fiscal e responsabilidade fiscal.
Dilma anunciou o investimento de R$50 bilhões em mobilidade urbana; propôs a realização de um plebiscito a fim de convocar uma Constituinte para a reforma política; defendeu penas mais efetivas para corrupção, que poderá ser classificada como crime hediondo; reafirmou o interesse do Governo de contratar médicos estrangeiros para trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) e pediu aos gestores que acelerem os investimentos já contratados em unidades de saúde; e defendeu a utilização de 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do pré-sal para o setor em educação.
"Foi uma reunião positiva ao discutir com governadores e prefeitos de capitais essas mobilizações por todo o país. Vamos começar agora os desdobramentos dessa reunião. As ações, ponto por ponto, serão debatidas regionalmente. O mais importante é que todas as medidas a serem tomadas têm de ser céleres. Esse pode ser o grande entrave", avaliou Wilson Martins.
Ainda segundo o governador, durante a reunião ficou patente o receio de todos os governadores e prefeitos que se manifestaram em relação aos recursos para execução das ações necessárias. "Há recursos de capital, mas faltam recursos para custeio. Não adianta construir um hospital, uma escola e não ter como colocar para funcionar. É preciso que se tenha dentro desses recursos condições para colocar a máquina para funcionar", argumentou.
De acordo com o governador, reafirmou-se a necessidade de dialogar com o movimento, assegurando atenção aos anseios populares, mas também garantir o direito de ir e vir das pessoas e não aceitar o vandalismo.
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