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30/06/2013 - 11h19

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30/06/2013 - 11h19

No aniversário do penta, Brasil tenta reescrever história em final com Espanha

Com o mesmo técnico 11 anos depois, país tenta na Copa das Confederações iniciar caminho de volta ao topo e restabelecer ordem entre as seleções

 iG

Cafu levantou a taça da Copa em 30 de junho de 2002, no Japão (Getty Images)

 Cafu levantou a taça da Copa em 30 de junho de 2002, no Japão (Getty Images)

Um time desacreditado a um capaz de desafiar a melhor das seleções nos últimos cinco anos. Este é o Brasil que tenta neste domingo, a partir das 19h, na final da Copa das Confederações , a façanha de interromper uma série de triunfos da Espanha, atual bicampeã europeia e campeã do mundo. Como inspiração, a data: 30 de junho. A mesma na qual há 11 anos o time de Luiz Felipe Scolari conquistou a última Copa para a seleção brasileira em Yokohama, no Japão, com um 2 a 0 na Alemanha.

O palco desta vez é o Maracanã. O compromisso no início do torneio era chegar à final neste dia. A satisfação em ter montado um time no último mês deixa Felipão aliviado, seja qual for o resultado. “Temos muito a melhorar até o Mundial. Chegar à final foi uma grande conquista, queremos o título, mas temos de lembrar que o objetivo maior é estar na final do Maracanã também em 2014”, ressalta o técnico, sonhando em repetir o feito de 30 de junho de 2002. Como em 2013, na Copa das Confederações, o Brasil só jogará no Maracanã em 2014 se estiver na decisão.

Definição de um time é a maior conquista

A definição de 11 titulares e a certeza de que um grupo foi montado foram as maiores vitórias no período de um mês entre a apresentação dos jogadores, no fim de maio, para esta decisão no final de junho. Felipão e sua comissão técnica encontraram uma forma de jogar e a torcida se identificou com a entrega dos jogadores. O título vai coroar esse trabalho. Mas não é tudo.

“Assim como a vitória não pode iludir, a derrota não significa que se tem de mudar tudo. Estamos certos do que estamos fazendo e porque chegamos até aqui”, disse o coordenador técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira.

A vitória em 2002 representou mudança com a saída de Felipão e a entrada de Parreira até a Copa de 2006. Após frustrações nas duas carreiras, a união dos dois últimos campeões de Copa – Parreira foi o técnico em 1994 – converteu os jogadores e os inspirou para este momento.

“Você olha para o banco e pensa quantos foram campeões do mundo, conquistaram coisas grandes, era essa a referência de alguém no banco que a gente precisava, alguém que viveu tudo no futebol, passou por momentos ruins, mas segue firme na luta. Com um exemplo assim é só lutar pelo que tem. Vamos esperar pelo final feliz. Se não for feliz, é porque não é o final”, disse o lateral-direito Daniel Alves. “Vamos tentar fazer a nossa história”.

Felipão não quer usar a data de 2002 como amuleto para a final deste domingo em respeito aos jogadores que formam o atual elenco. “Já passou, já foi. Tenho de viver esse momento. Ele é único e foi criado por esses jogadores. Ninguém aqui viveu 2002. Só eu, Murtosa, Rodrigo Paiva. Quem tem a chance de mudar a história são esses jogadores”, disse Felipão.

Espanha busca a vitória que falta

Do lado espanhol, o jogo é visto como "a cereja que falta no bolo", como definiu o lateral-direito Arbeloa. Líder do ranking da Fifa há quase dois anos, bicampeão da Eurocopa e campeão do mundo, recordista de invencibilidade em jogos oficiais, vitórias sobre rivais tradicionais como Itália, Espanha e França. Ao time comandado por Vicente del Bosque só falta mesmo bater a seleção mais vitoriosa da história do esporte.

O treinador foi outro que admitiu motivação pela possibilidade de enfrentar os anfitriões no Maracanã. "Não é o nosso melhor momento, tivemos uma temporada muito longa. Mas o estímulo de poder jogar contra o Brasil na casa deles é muito grande", disse o treinador em sua entrevista na noite de sábado.

O meia Iniesta é mais um que valoriza o duelo com os pentacampeões. "Jogam em casa e têm o apoio de não sei quantas mil pessoas por trás. Mas devemos converter esses fatores como incentivo. Não há desafio maior do que vencer o Brasil em seu estádio", disse o jogador do Barcelona.

Fernando Torres, por sua vez, revelou outro aspecto muito perceptível na seleção espanhola por conta do domínio do time nos últimos anos. Embora não admitam, jogadores e até imprensa do país promoveram uma inversão da ordem no futebol mundial, assumindo um lugar no pedestal dos favoritos. “Somos o Brasil do presente. Nós temos mais a perder do que eles, somos o rival a ser batido", disse o atacante do Chelsea sobre a final.

Além da torcida contra que deve encarar no Maracanã, Del Bosque também já mostrou preocupação com a condição física de sua equipe, que teve um dia a menos de descanso e disputou intensos 120 minutos sob o forte calor de Fortaleza na semifinal contra a Itália.

Com todas essas condições, uma vitória espanhola pode convencê-los ainda mais de que são os únicos donos da bola no planeta. Já o título brasileiro talvez faça o planeta lembrar quem já o conquistou por cinco vezes e quem fez a festa pela primeira vez em 2010.

FICHA TÉCNICA – BRASIL x ESPANHA

Local : Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro
Data : 30 de junho de 2013, domingo
Horário : 19h (de Brasília)
Árbitro : Bjorn Kuipers (HOL)
Assistentes : Sander Roekel e Erwin Zenstra (ambos da Holanda)

BRASIL : Julio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Neymar, Hulk e Fred
Técnico: Luiz Felipe Scolari

ESPANHA : Casillas; Arbeloa, Sergio Ramos, Piqué e Jordi Alba; Busquets, Xavi e Iniesta; Pedro,Fábregas (Juan Mata) e Fernando Torres
Técnico: Vicente del Bosque.

iG

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