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30/06/2013 - 11h31

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30/06/2013 - 11h31

É tetra? Galvão Bueno pode repetir narração histórica no ‘seu’ Maraca

Narrador da TV Globo relembra a Copa do Mundo de 1994 e fala da sua relação apaixonada com o estádio da final com a Espanha

 Globo Esporte

 

 “Vai partir. Vai que é sua, Taffarel. Partiu. Bateu. Acabou, acabou, acabou... É tetra, é tetra, é tetra... O Brasil é tetracampeão do mundo de futebol”.

A narração de Galvão Bueno na conquista da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, após pênalti desperdiçado pelo italiano Roberto Baggio, é inegavelmente uma das mais famosas do mundo. Prestes a completar 19 anos, no próximo dia 17 de julho, o grito “é tetra” pode ser mais uma vez entoado pelo narrador da TV Globo. Agora na Copa das Confederações.

- Não faço nada pensado. Está todo mundo esperando a vitória do Brasil. E eu também. Não sei se vai sair um ‘é tetra’ ou outra coisa. Tem que ser natural. Nenhum dos meus bordões foi pensado. Mas acho que não vai ter jeito. Se o Brasil ganhar da Espanha, vai ser isso mesmo. Talvez só não seja tão desafinado quanto da primeira vez – brincou Galvão Bueno, lembrando que em 1994 foi abraçado efusivamente por Pelé e também por Arnaldo Cézar Coelho.

É evidente que a possível conquista do tetracampeonato da Copa das Confederações, neste domingo, às 19h (de Brasília), diante da Espanha, não tem o mesmo peso de uma Copa do Mundo. Longe disso. Mas o fato de a partida ser no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, torna o jogo muito mais especial para Galvão.

- Teoricamente seria mais uma final, porque já fiz muitas decisões do futebol brasileiro. São dois títulos mundiais (1994 e 2002), três finais de Copa em sequência (1994, 1998 e 2002). Outras tantas finais de mundiais de clubes. Flamengo, Grêmio, três vezes o São Paulo, Inter, Corinthians... Tem também Copa América, Copa das Confederações. Mas essa é diferente porque é em casa. É diferente porque é o Maraca. O Maracanã faz parte da minha vida. É o que eu chamo de casa da seleção brasileira – falou, emocionado, o narrador.

A relação de Galvão Bueno com o Maracanã começou cedo. Bem cedo. Aos cinco anos, levado por seu Tio Antônio, irmão de sua mãe, o jornalista viu o Flamengo ser tricampeão carioca no estádio. Depois de muitos jogos como torcedor, ele estreou no Maraca profissionalmente, narrando, ainda pelo rádio, um duelo entre Botafogo e Olaria, em 1974. Somente em 1981 é que Galvão iniciou sua trajetória na televisão, comandando um clássico entre Flamengo e Vasco.

Apaixonado pelo estádio, Galvão Bueno sentiu falta do Maraca enquanto ele ficou em reforma para a Copa do Mundo de 2014. O resultado, no entanto, deixou o jornalista feliz. É verdade que no novo modelo ele não consegue repetir o ritual de sair do elevador que levava às tribunas e ficar alguns minutos observando e sentindo o calor da torcida – agora ele chega direto em um hall privativo -, mas para o narrador a mística de um dos estádios mais famosos do mundo continua.

- Mudou um pouco, mas ainda é o Maracanã e continua com a mística do Maracanã. Tanto ele continua assim que antes do amistoso entre Brasil e Inglaterra (no dia 2 de junho), o Lampard, esse jogador fantástico do Chelsea e da seleção inglesa, disse que era uma enorme felicidade aquele jogo, porque ele não poderia encerrar a carreira sem jogar no Maracanã. Acho que isso define bem o que é o estádio.

Na final desde domingo, contra a Espanha, a tal mística do Maracanã pode ajudar a seleção brasileira. Mas outra coisa que pode mexer com a partida é a execução do hino nacional. Desde a partida contra o México, em Fortaleza, passando pelo jogo diante da Itália, em Salvador, e com o Uruguai, em Belo Horizonte, a torcida verde e amarela tem dado um show ao cantar bem alto. Esse espetáculo tem emocionado Galvão Bueno. Ele acredita, aliás, que faz o adversário tremer.

- Mexe com todo mundo. É uma coisa muito bacana. Isso começou em Fortaleza, se repetiu em Salvador, se repetiu em Belo Horizonte e, no Maracanã, vai ser um show dos torcedores. Mexe com os jogadores. Eu perguntei ao Casagrande e ao Ronaldo se o hino mexia com as pessoas. Eles disseram: ‘claro que sim’. Ainda mais assim, com todo mundo cantando junto. É um espetáculo. E eu garanto que faz a perna do adversário tremer – opinou o narrador.

Se fora de campo, a torcida pode ajudar, dentro dele é Neymar quem pode fazer a diferença. Galvão tem certeza de que o atacante do Barcelona pode resolver.

- Ele é tão menino, tem tanta coisa pela frente. Pode ir muito longe. Realmente longe. O Neymar pode ter uma importância excepcional. Parece meio predestinado. Ele estava em um momento que estavam cobrando muito dele. Começa a Copa das Confederações e com três minutos ele resolve e dá uma resposta atrás da outra. Vamos ver. Tem essa final, tem o caminho dele no Barcelona, tem a Copa do Mundo ano que vem – disse Galvão Bueno.

É na voz do narrador que a TV Globo e o GLOBOESPORTE.COM transmitem a final deste domingo, às 19h (de Brasília), no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. O site também faz o acompanhamento em Tempo Real desde o pré-jogo. E o SporTV também mostra a partida diante da Espanha, na decisão da Copa das Confederações.

Globo Esporte

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