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Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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01/07/2013 - 08h46

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01/07/2013 - 08h46

Brasil faz da Espanha um touro perdido e restabelece ordem mundial

No teste para a Copa do Mundo, anfitriões massacram os atuais campeões de forma inapelável no Maracanã

 iG

Fred comemora segundo gol na final e ganha até beijo de Neymar (Andre Penner/AP)

 Fred comemora segundo gol na final e ganha até beijo de Neymar (Andre Penner/AP)

"Alguma coisa está fora da ordem, fora da nova ordem mundial".

No futebol, Caetano, não está mais. A Espanha dominou o esporte mais popular do planeta por cinco anos, desde que conquistou a Eurocopa em 2008, passando pela Copa de 2010 e nova conquista continental no ano passado. Mas neste domingo, no Maracanã, a seleção brasileira - única grande força que a Fúria não havia enfrentado nos últimos anos - fez valer a força do país mais vencedor da história contra o caçula dos campeões.

O Brasil de Luiz Felipe Scolari não venceu a Espanha como uma surpresa, a exemplo do que fizeram os últimos algozes Estados Unidos, em 2009, e Suíça, em 2010. Foi uma vitória entre times do mesmo nível, mas em que um dos rivais se impôs com autoridade. Não houve um momento de ameaça ao triunfo brasileiro na Copa das Confederações . Na "praça" Maracanã, o time do tiki taka foi transformado em touro e deixou a arena em farrapos.

A sorte foi fator decisivo para a construção do placar, mas sempre aliada à competência. No primeiro gol, que Fred marcou deitado, graças a um toque sutil, na bola salva pelo zagueiro David Luiz quase em cima da linha aos 40 minutos do primeiro tempo, com um toque ainda mais genial, no pênalti perdido por um incrédulo Sergio Ramos quando o placar já apontava 3 a 0.

Se teve sorte, também teve brilhantismo. Especialmente no segundo gol, aos 44 minutos da etapa inicial. Líderes da seleção no aspecto técnico, os jovens Neymar e Oscar fizeram uma jogada de antologia, quando o ex-camisa 10 soube segurar a bola cercado por quatro marcadores enquanto o novo camisa 10 voltava da posição de impedimento para receber e acertar uma bomba no ângulo. No segundo tempo, Fred marcou novamente e "fechou o caixão", iniciando mais de 40 minutos de festa ainda com a bola rolando.

Na análise fria, é preciso relativizar. O Brasil entrou em campo querendo mostrar aos atuais campeões do mundo quem manda no Maracanã. Jogou a Copa das Confederações dando seu máximo, como se fosse realmente um final de Copa do Mundo. Espanhóis dirão que estavam em final de temporada, que vinham de um desgastante duelo de 120 minutos contra a Itália na semifinal. E, especialmente, que é em 2014 que vale.

Todos argumentos válidos. Mas o tamanho da vitória, com um domínio indiscutível, confirma o recado que Luiz Felipe Scolari queria dar ao mundo. O Brasil renasceu. E, há um ano de sediar a Copa do Mundo, deve no mínimo ser considerado um dos principais times a ser batido na competição.

iG

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