O Palmeiras encontrou na parada da Série B do Brasileiro durante a Copa das Confederações uma forma de atuar que o mantém invicto desde então e na liderança da competição. Mas o Bragantino reforçou uma característica do torneio aos comandados de Gilson Kleina: o empenho dos rivais pode significar faltas violentas.
Ao vencer o time de Bragança Paulista por 2 a 1 nesta sexta-feira (2), o Palmeiras passou todo o primeiro tempo com atletas seus sendo derrubados, e os cartões vermelhos só foram mostrados na etapa final - um deles para Charles, outro para a equipe do interior paulista. Valdivia, por exemplo, saiu mancando, mas alegando ter recebido uma pancada "normal", tanto que caminhou normalmente ao deixar o Pacaembu.
"Não é normal, mas o excesso de vontade às vezes faz isso acontecer. Mas segue o baile. Não podemos ficar reclamando, não. Série B é isso mesmo, todos vêm com vontade contra a gente e temos que estar cada vez mais acostumados", falou Wesley, abrindo um sorriso, contendo-se ao responder se o rival "bateu além da conta".
O volante, contudo, não escondeu a preocupação dele e dos colegas diante de tantas entradas fortes. "Temos que procurar acatar para que possamos sair inteiros de campo. Às vezes, em uma entrada violenta, o cara tem que ficar esperto, e nem sempre tem como ver", argumentou o camisa 11.
"O Palmeiras tem mais técnica do que os outros times, mas isso não é suficiente na Série B. Também tem que ter raça e pegada, os times vêm muito forte para enfrentar o Palmeiras, é o jogo da vida. Não podemos nos empolgar com nada, o bom da nossa equipe é que nosso time tem muito pé no chão", elogiou Márcio Araújo.
Pensando assim, o time segue na liderança. "É o melhor momento da nossa equipe. Primeiro, chegaram reforços importantes, que qualificaram o grupo. Depois, a comissão técnica teve o tempo que precisava e conseguiu dar o padrão que queria ao nosso time. E o nosso principal jogador voltou para nos ajudar", celebrou Márcio Araújo, citando Valdivia.
A confiança é tão grande que poucos devem assistir ao jogo entre Chapecoense e Sport, neste sábado - se os catarinenses não vencerem, o Palmeiras abrirá quatro pontos de vantagem na ponta. "Temos que procurar primeiro fazer a nossa parte. Ficar torcendo é complicado. O importante é dar continuidade e deixar tudo acontecer para o nosso lado. Tomara que consigamos ir ganhando e ganhando para atingirmos o nosso objetivo de chegar à primeira divisão", comentou Wesley.
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