Levantamento preliminar feito pela direção nacional do PT mostra que o partido tem hoje nomes aptos a disputar o governo de 18 estados. Em 2010 o PT teve 10 candidatos a governador e ganhou em cinco estados.
Segundo dirigentes petistas, o número de candidatos deve diminuir a partir do momento em que o partido começar a definir as alianças em torno da reeleição da presidente Dilma Rousseff. A reeleição de Dilma e o aumento das bancadas na Câmara e no Senado são as prioridades do PT em 2014.
"Uma definição mais clara começa a se acertar depois do dia 5 de outubro com o fim do prazo de filiações para quem vai disputar 2014", disse o presidente do PT, Rui Falcão.
Além do troca-troca partidário, outro fator determinante será a candidatura ou não do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à presidência. Se o pessebista não for candidato, o PT certamente abrirá mão de lançar candidatos a governador em Pernambuco e outros estados governados pelo PSB em troca do apoio da sigla a Dilma.
Por enquanto o PT admite apoiar pessebistas no Ceará e Espírito Santo, onde os governadores Cid Gomes e Renato Casagrande, ambos do PSB, estão mais próximos de Dilma do que de Campos.
A prioridade do PT, no entanto, é o PMDB do vice-presidente Michel Temer. Na segunda-feira as cúpulas dos dois partidos se reuniram no Palácio do Jaburu mas falaram pouco sobre as alianças nos estados.
Estão praticamente certos os apoios do PT a candidatos do PMDB no Pará, Paraíba, Amazonas e Alagoas. Com isso o partido espera contemplar alguns dos mais importantes caciques peemedebistas como Jáder Barbalho, Eduardo Braga e Renan Calheiros.
É grande a possibilidade de Dilma ter dois palanques em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
"Mas a joia da coroa para o PMDB é o Rio de Janeiro", disse um cardeal petista.
No segundo maior colégio eleitoral do país, governado desde 2007 pelo peemedebista Sérgio Cabral que deseja eleger seu vice, Luiz Fernando Pezão. Por enquanto a possibilidade de dois palanques não está descartada , as direções partidárias trabalham para evitar conflitos entre o governador e senador Lindberg Farias. A definição deve acontecer só no início do ano que vem dependendo do resultado das pesquisas e da capacidade de recuperação de Cabral, alvo de protestos diários desde junho.
"Nenhum dos dois partidos tem um nome amplamente favorito. O importante é cuidar bem do processo para que o partido alijado não vá parar no colo dos adversários", disse uma fonte próxima a Temer.
O PT evita revelar o mapa completo dos estados alegando que muita coisa ainda vai acontecer até a definição das candidaturas. Outro motivo para o segredo é evitar mais atritos com o principal partido aliado com o qual mantém uma relação frágil no Congresso.
A maior novidade em relação a 2010 é Minas Gerais, onde o PT apoiou Hélio Costa (PMDB) na última eleição e agora trabalha por uma aliança em torno do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel.
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