A Ponte Preta acusou o São Paulo nessa semana de suposto aliciamento na contratação do goleiro Lucas, de 15 anos, que nessa semana migrou de Campinas para Cotia, e passou a integrar as categorias de base no novo clube.
Agora, o São Paulo responde: diz ter sido procurado pela empresa que agenciava o jogador e acertado o acordo. A empresa, no entanto, nega e se mobiliza para não ficar "de mãos abanando" após a troca. Lucas tem 15 anos, mas já foi convocado para a seleção brasileira sub-17.
Na Ponte Preta, ele era visto como grande promessa. A empresa em questão é a Contra-Ataque, que até o fim do ano passado era terceirizada pela Ponte Preta e fazia a gestão do departamento amador do clube. Edson Luis de Souza, sócio, afirma que foi pego de surpresa, não procurou o São Paulo e que corre o risco de perder os direitos sobre o jovem.
"Tanto eu como a Ponte fomos pegos de surpresa. O contato foi feito com os pais do garoto. Infelizmente é assim. O São Paulo tem uma prática de monitoramento e não fala com você. Na segunda-feira, os pais dele me ligaram e disseram que seria isso, que ele iria para o São Paulo", afirma Edson Luis de Souza, que pretende se reunir com os pais do jovem.
O São Paulo responde que não aliciou Lucas porque este não tinha contrato de formação com a Ponte Preta, mas sim vínculo com a empresa. De fato, o clube de Campinas não possui selo de clube formador, mas a empresa se defende e tentará exercer os direitos que tinha antes.
O acordo apalavrado com o atleta previa 40% dos direitos econômicos à Contra-Ataque por revelar e gerir carreira. "Então nós vamos, sim, conversar com os pais dele e existe, sim, a possibilidade de a gente não ficar de mão abanando", acrescenta Souza, que reforça a acusação da Ponte Preta ao São Paulo por aliciamento.
As acusações contra o São Paulo nas categorias de base têm sido frequentes. Nesse ano, o clube sofreu denúncias pelas contratações de dois atletas da própria Ponte Preta, dois do grêmio Prudente, um do Corinthians e um do Vasco – este foi o caso do lateral direito Foguete, que ganhou maior destaque.
No fim do primeiro semestre, diversos clubes ameaçaram boicote ao São Paulo em competições de base por descumprir código de ética firmado entre 40 equipes, para que não se contratasse jogadores sub-15 sem consentimento dos clubes envolvidos.
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