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Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
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20/11/2013 - 11h36

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20/11/2013 - 11h36

Estado de saúde de Genoino é questão humanitária, afirma Dilma

Presidente evita comentar prisões dos condenados pelo mensalão, mas manifesta preocupação sobre situação do ex-presidente do PT

 Estadão

Laudo do IML atestou que o petista tem doença grave. (Foto: Reprodução)

 Laudo do IML atestou que o petista tem doença grave. (Foto: Reprodução)

A presidente Dilma Rousseff se manifestou nesta quarta-feira, 20, sobre o estado de saúde do deputado federal José Genoino (PT-SP), um dos 11 condenados presos por envolvimento no mensalão. Em entrevista a rádios de Campinas (SP), a presidente disse que sua preocupação sobre a situação do ex-presidente do PT é uma questão humanitária. "Eu sei as condições de saúde dele. Ele teve uma doença extremamente grave do coração, toma anticoagulante", afirmou.

Nessa terça, 19, laudo do IML atestou que o petista tem "doença grave". Ele se recupera de uma cirurgia cardíaca a qual foi submetido no final de julho. A defesa do advogado aguarda resultados de perícia para atestar a necessidade de transferir o cumprimento da pena do regime semiaberto para o domiciliar. Dilma falou ainda sobre sua relação com Genoino e com a família dele.

A presidente lembrou que ficou presa junto com a esposa do deputado e garantiu que manifestava sua preocupação em caráter pessoal, não como presidente da República. Durante a entrevista, a presidente afirmou que, como chefe do Executivo federal, não se sente à vontade para comentar as prisões dos condenados pelo mensalão. "Eu não me permito, como presidenta da República, fazer qualquer observação sobre decisões do Judiciário. Isso não significa que eu não tenha minhas convicções. Eu as tenho. Mas enquanto eu for presidente, eu não faço análises sobre sentenças da Suprema Corte deste País", disse Dilma, citando a Constituição e a independência dos Poderes.

A cúpula do PT, no entanto, que vinha evitando críticas diretas ao presidente do Supremo Federal (STF), Joaquim Barbosa, iniciou uma reação ao magistrado. Em manifesto assinado por petistas, juristas e personalidades, há críticas ao que chamam de "flagrante desrespeito à lei de execuções penais".

No final da noite desta terça-feira (19), Joaquim Barbosa determinou a execução das penas alternativas impostas a outros três condenados. O ex-deputado José Borba, o ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri e o ex-sócio de corretora Enivaldo Quadrado deverão prestar serviços comunitários e pagar multas.

Estadão

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