O Grupo Matizes participou da II Caminhada em Homenagem ao Dia do Doador de Sangue (25), promovida pelo HEMOPI neste domingo (24), às 7h30 da manhã, na Avenida Raul Lopes. Segundo a coordenadora do Grupo Matizes, Carmen Ribeiro, além de prestar homenagem ao doador, a entidade também visava difundir sua campanha “Nosso Sangue pela Igualdade” que luta contra a portaria da Secretaria de Saúde nº 1363, que proíbe homens gays e bissexuais de doarem sangue caso tenham relações sexuais.

Estamos protestando contra essa portaria porque entendemos isso como um absurdo”
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Benerval Rocha

Para o Grupo Matizes a portaria é discriminatória. “Estamos protestando contra essa portaria porque entendemos isso como um absurdo” afirma Benerval Rocha, integrante do Grupo Matizes. “Nada impede um homem gay ou bissexual de doar sangue desde que esse tenha o exame de AIDS atestando que não possui a doença”, argumenta.

O grupo Matizes já promove campanha “Nosso sangue pela igualdade” contra a portaria desde 2006, quando foi protocolado junto ao Ministério Público Federal pedido para anular a portaria. Em 2007, o Juiz da 2ª Vara Federal proferiu decisão liminar, deferindo o pedido do Ministério Público. Porém, o pedido foi cassado. Atualmente, o processo encontra-se na segunda instância da justiça federal aguardando julgamento.

A campanha é apoiada pelo Ministro da Saúde Alexandre Padilha e pelo Conselho Federal de Serviço Social – CFESS.

Grupo Matizes protesta contra  portaria durante caminhada e Teresina

A caminhada organizada pelo HEMOPI foi em homenagem ao dia nacional do doador de sangue voluntário. Segundo supervisora de comunicação do HEMOPI, Maria Teixeira, a campanha faz parte da semana de comemoração ao dia do doador voluntário, comemorado nesta segunda (25).

“O doador é um herói anônimo”, enfatiza a supervisora. Segundo ela, a caminhada é uma homenagem a estas pessoas e também visa motivar, difundir, desmistificar e passar informações relevantes sobre o tema. “Queremos mostrar a nossa admiração e respeito ao doador e incentivar para que mais pessoas se tornem doadoras”, conclui Maria Teixeira.