O impasse para escolha do reitor e vice-reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI) tem agora um novo capítulo. Pela quarta vez, a Justiça Federal suspende a consulta eleitoral da comunidade acadêmica para a escolha da nova administração da universidade e determina a realização de uma consulta pública para a elaboração de novos parâmetros para o pleito.

A decisão, publicada nesta segunda-feira (10), suspende o pleito até que uma consulta pública elabore novas regras e orientações para as eleições. "Determino a suspensão do processo de consulta à comunidade universitária e quaisquer outros procedimentos relativos à escolha de Reitor e Vice-Reitor da UFPI até que a definição de parâmetros para a elaboração da norma que regulará o procedimento", afirma a decisão, assinada pelo juiz auxiliar da 1ª Vara Federal do Piauí, Rafael Leite.

O magistrado estabeleceu para 19 de setembro a realização da consulta, que deve contar a participação dos "candidatos de todas as chapas pretendentes ao Reitorado da UFPI, quadriênio 2012-2016; representante da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí - ADUFPI; representante do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativo - SINTUFPI e representantes do Diretório Acadêmico da UFPI". A ação é de autoria do professor Kilpatrick Muller, um dos candidatos à reitor. Também disputam as elições os professores Arimateia Dantas e Edwar Castelo Branco.

Com esta decisão, a escolha da nova administração da universidade é adiada pela quarta vez, todas por força judicial. O Conselho Universitário (CONSUN) já havia marcado as eleições para os dias 9 e 23 de maio, 5 de setembro e, por último, para o próximo dia 25. Na segunda data, a votação chegou a ser iniciada, porém, o mesmo juiz que proferiu a ação de hoje, determinou a suspensão do pleito e o recolhimento imediato das urnas eletrônicas.

A UFPI pode, agora, ter um reitor que não está na disputa pelo cargo. Caso as eleições ocorram depois do dia 03 de outubro, data em que finda o mandato de Luiz Júnior, o Ministério da Educação deve indicar um reitor "Pro Tempore" para comandar a instituição até a posse do novo dirigente.