Árbitros atenderam as recomendações e estão sendo criteriosos ao extremo com lances assim. Tanto que anotaram penalidades em jogos recentes do Brasileirão e da Copa do Brasil em que apesar de a bola ter sido tocada com a mão ou o braço de um defensor, o membro estava colado ao corpo, o que sempre configurou em lance normal.

Em seu blog, o ex-árbitro da Fifa, Leonardo Gaciba, e agora comentarista da TV Globo, disse que a recomendação da entidade e passada adiante pela CBF "dá um nó na cabeça de todos, mais uma vez". Lances como os dos pênaltis anotados para o Flamengo contra Coritiba, na Copa do Brasil, e contra o Corinthians, no Brasileirão, são exemplos do mau uso da regra, mas que só aconteceram por conta da nova recomendação. 

O Flamengo também reclamou de penalidade não marcada em partida contra o Goiás, em Cuiabá, na última semana. Um lance ignorado que teve mais deliberação do jogador infrator do que nos anteriores. 

O ex-árbitro Arnaldo Cézar Coelho, responsável pelos comentários do clássico paulista na TV Globo, avaliou que o lance descrito no início deste texto foi pênalti. O braço do zagueiro são-paulino não estava colado ao corpo e por isso ele "assumiu o risco de acertar a bola com o braço".

Lance similar aconteceu há uma semana na partida entre Fluminense e Palmeiras, no Maracanã, quando o volante Renato se jogou para cortar um cruzamento com os braços para o alto e acabou sendo atingido pela bola na mão. Para Sálvio Spínola, comentarista da ESPN, o lance é exemplo do que espera a Fifa com sua recomendação.

A CBF, por nota, reiterou que apenas repassou aos árbitros a orientação da Fifa. Para a entidade, Luiz Flávio dde Oliveira teve atuação irrepreensível no clássico paulista disputado em Itaquera. Na última semana, em virtude das polêmicas em torno dos lances de "bola na mão", a CBF divulgou vídeo em que Ana Paula de Oliveira, funcionária no departamento de arbitragem da entidade, explica a nova determinação.