Durante as mais de três horas de apresentação do resultado das investigações da Polícia Federal sobre a morte da estudante Fernanda Lages Veras, o delegado responsável pelos trabalhos, José Edilson de Sousa Freitas, afirmou ter certeza nesta quinta-feira (20), que a estudante Nayra Veloso (a Nayrinha), mentiu durante o seu depoimento e revelou que a jovem tinha envolvimento com tráfico de drogas.
“Ela mentiu deslavadamente durante o depoimento que ela nos prestou. Não pudemos indiciá-la pelo fato dela estar sendo ouvido como suspeita. Se ela tivesse sido ouvida na posição de testemunha, poderíamos ter indiciado ela por falso testemunho. Ela mente quando diz que não esteve no local, mas temos provas que ela, Fernanda e um homem estiveram em uma mangueira que fica em frente à obra fazendo uso de drogas”, explica o delegado Freitas.
Durante seus trabalhos, a Polícia Federal apurou que Nayra Veloso namorou um conhecido traficante de Teresina. O criminoso já teria sido inclusive, assassinado. A ligação da estudante com o tráfico deverá ser apurado mais detalhadamente. Nayrinha chegou a ser presa em março deste ano
“Acredito que a Nayra deve ser sim investigada. Não sei se a Polícia Civil ou se o pessoal aqui da regional [da Polícia Federal], mas iremos comunicar o envolvimento dela, mesmo que de forma leve, com o tráfico. Ela se envolveu com pessoas que usavam drogas”, disse o delegado.
José Edilson Freitas não confirmou a informação de que Nayrinha agenciasse garotas de programa, no entanto, a jovem se utilizava da amizade com Fernanda para garantir vantagens pessoais.
“Não da pra afirma que a Nayra se envolvesse com prostituição, no entanto, posso dizer que ela usava a Fernanda, usava a beleza da Fernanda para se aproximar das pessoas. Como a Fernanda era uma moça bonita, ela usava a Fernanda para ter contato com outras pessoas”, informou Freitas.
O relatório apresentado pela PF descartou a tese que Fernanda Lages tenha sido assassinada. Segundo a equipe de investigação, as perícias apontaram que a jovem entrou sozinha no local onde foi encontrada morta e teria cometido suicídio ou então caído acidentalmente do prédio em construção do Ministério Público Federal.
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