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Terça-feira, 26 de novembro de 2024
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19/08/2015 - 10h00

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19/08/2015 - 10h00

Piauí tem o melhor desempenho em emprego formal no Nordeste

O estado ainda teve número de admissões superior ao de demissões, ao contrário dos demais estados nordestinos.

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Piauí gerou 11.001 empregos celetistas	(Foto:Ascom Setre)

 Piauí gerou 11.001 empregos celetistas (Foto:Ascom Setre)

De acordo com os números apresentados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, através do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o primeiro semestre de 2015 registrou apenas 97 novos empregos com carteira assinada no estado, quando equilibradas as admissões e demissões dentro do Piauí. Apesar do índice abaixo do que se apresentou no primeiro semestre de 2014 (quando essa diferença foi de 7.066), o estado é o que melhor se apresenta em termos de Empregos Formais no Nordeste.

 

Os números mostram que nos primeiros seis meses do ano foram registrados 62.392 novos empregos em todo o território piauiense. Apesar dos empregos gerados, no mesmo período, outras 62.295 pessoas ficaram desempregadas, gerando o saldo de novos postos de trabalho.

 

Em junho, ocorreu um déficit de 879 empregos formais (diferença entre admissões e desligamentos) de acordo com economistas da Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro), que analisam os números do Caged de forma trimestral, semestral e anual e apresentam no boletim analítico Conjuntura Econômica. 

 

De acordo com a pesquisa, o grande vilão dos desempregos no Piauí foi o setor da construção civil. O segmento registrou quase 4.500 demissões no primeiro semestre. “A perspectiva de breve retomada de investimentos públicos pode aliviar o quadro de desligamento de pessoal na construção civil estadual”, explica o economista e presidente da Cepro, Cezar Fortes.

 

O comércio também registrou um desligamento de funcionários superior às admissões, déficit de 158 postos de trabalho.

 

Serviços


Pelo lado positivo, o setor de serviços apresentou um saldo líquido de 3.548 novos postos de trabalho na primeira metade de 2015. “Apesar deste número significar 40% a menos, em relação a igual período do ano anterior, trata-se do setor que mais gerou novos postos de trabalho em 2015”, explica o economista Cezar Fortes.

 

Segundo ele, as atividades relativas aos Call Centers criados em Teresina explicam, parcialmente, tal desempenho. “Em 2014, as duas empresas de call center contrataram, de maneira crescente, uma mão de obra ávida pelo primeiro emprego. A partir de março de 2015, no entanto, a crise nacional também atingiu o setor”, pontua o presidente da Cepro.

 

Também merece registro – pelo lado positivo – os serviços industriais de utilidade pública, ligados à distribuição de energia, água e saneamento. Juntos, eles criaram 1.066 novos postos de trabalho no 1º semestre deste ano.

 

De acordo com a Fundação Cepro, mesmo com as demissões, o Piauí ainda possui o melhor desempenho entre os estados da região Nordeste. Os outros oito estados fizeram com que o Nordeste tivesse reduzido neste primeiro semestre de 2015, cerca de 168 mil empregos formais, com carteira assinada.

 

Evolução do Emprego nos Municípios Mais Populosos


Dentre os 15 maiores municípios do estado, oito desempregaram e sete empregaram, o resultado final apresentou uma diminuição de 517 postos de trabalho neste 1º semestre de 2015.

 

A situação Regional


Após gerar novos 588.971 postos de trabalho na primeira metade de 2014, o Brasil perdeu 345.417 postos em igual período de 2015. O Nordeste, por seu lado, continuou perdendo empregos em 2015, totalizando 167.792 (49% do total nacional). Em resumo, o drama do desemprego (pelo menos no referente ao emprego formal) está atingindo mais a região do que a média nacional.

 

Desta forma, segundo dados analisados pela Fundação Cepro, todas as unidades federativas apresentam desligamentos superiores às admissões, exceção feita ao Piauí que teve um leve saldo positivo. “Tal fato reforça a tese – já apontada pelo IBGE – de que o estado apresenta a menor taxa de desemprego da região”, explica Cezar Fortes.

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