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Terça-feira, 26 de novembro de 2024
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24/03/2017 - 17h50

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24/03/2017 - 17h50

Empresa ligada ao presidente do Senado deve R$ 8,4 milhões a previdência

Eunício terá a incumbência de conduzir a votação das reformas trabalhista e da Previdência no Senado.

 Congresso em Foco

Presidente do Senado, Eunício de Oliveira (PMDB-CE)

 Presidente do Senado, Eunício de Oliveira (PMDB-CE)

Considerada uma das maiores empresas de vigilância e transporte de valores do país, a Confederal acumula uma dívida de ao menos R$ 8,478 milhões em dívidas previdenciárias com a União, segundo informação do repórter Igor Gadelha, do jornal O Estado de São Paulo. Ao todo, três débitos da empresa ligada ao presidente do Senado, Eunício de Oliveira (PMDB-CE), aparecem no site da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

 

A maior dívida previdenciária da Confederal é referente à unidade de Brasília e chega a R$ 5,943 milhões. Os outros dois débitos são de R$ 1,479 milhão, no Rio de Janeiro, e de R$ 1,054 milhão, em Aparecida de Goiânia (GO). Todos os três débitos estão inscritos na Dívida Ativa da União. Segundo o Mistério da Fazenda, porém, não são divulgados os débitos que estão sendo parcelados pelo devedor – o que pode aumentar o tamanho da dívida da Confederal com o Estado brasileiro.

 

À frente do Congresso Nacional até 2018, Eunício terá a incumbência de conduzir a votação das reformas trabalhista e da Previdência no Senado.

 

Atualmente, Eunício de Oliveira está afastado do comando administrativo da Confederal. A empresa está nas mãos do sobrinho do senador, Ricardo Lopes Augusto. Na terça-feira (21) a sede da organização foi alvo da Operação Satélites, ligada à Lava Jato com base nas delações da Odebrecht.

 

O sobrinho de Eunício foi citado na delação do ex-diretor da empreiteira Cláudio Melo Filho. Segundo o delator, foi pago Eunício duas parcelas de R$ 1 milhão cada, entre 2013 e 2014. O valor seria contrapartida à aprovação de uma medida provisória. Segundo Melo Filho, o peemedebista enviou o sobrinho como “preposto”.

 

Eunício também foi citado na delação do ex-diretor da Hypermarcas Nelson Mello. Ele afirmou que pagou, por meio de contratos fictícios, R$ 5 milhões em caixa dois à campanha do peemrebista ao governo do Ceará, em 2014. Em nota, o advogado do presidente do Senado, Aristides Junqueira, afirmou que o senador “autorizou que fossem solicitadas doações, na forma da lei”, à campanha de 2014.

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