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Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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12/06/2017 - 17h55

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12/06/2017 - 17h55

Senado ainda não cumpriu decisão do STF de afastar Aécio Neves

Quase um mês após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) das funções parlamentares, o Senado ainda não cumpriu a decisão. O nome do tucano segue no painel de votação e na lista de senadores em exercício no site da Casa. O gabinete dele funciona normalmente. As informações são da Folha de S.Paulo.

 

Se comparecesse a uma sessão, o tucano estaria apto a votar, de acordo com técnicos consultados pela reportagem. Diferentemente da Câmara – que afastou logo em seguida o deputado Rocha Loures (PMDB-PR), suplente que exercia o mandato e alvo da mesma sanção imposta pelo Supremo –, a Mesa do Senado sequer discutiu até hoje o que fazer com Aécio. Segundo a Folha, o comando da Casa não se manifestou ao ser procurada para comentar o assunto.

 

No último dia 17, o ministro Edson Fachin determinou a suspensão de Aécio e Rocha Loures “do exercício das funções parlamentares ou de qualquer outra função pública”, impedindo-os ainda de se encontrar com réus ou investigados no caso de deixar o país.

 

Alvo de sete inquéritos do petrolão no STF, Aécio está suspenso do mandato desde 17 de maio, depois da notícia de que pediu propina de R$ 2 milhões a executivos do Grupo JBS e foi beneficiado em esquema de pagamento de propina para políticos e aliados, o que o tucano nega. Há um pedido de prisão do senador, feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pendente de análise no Supremo. Procurador-geral da República e responsável pela formalização das denúncias ao STF, Rodrigo Janot quer celeridade no exame de seu pedido, alegando que o senador, em liberdade, poderia atuar contra a Lava Jato, por exemplo – que, aliás, é uma das suspeitas que recaem sobre Aécio.

 

O Senado também tem sido acusado de demorar para analisar o pedido de cassação de Aécio feito pelo partido Rede Sustentabilidade. Como este site mostrou em 30 de maio, o Conselho de Ética da Casa, responsável por essa deliberação, tem diversos de seus membros na mira de processos criminais no Supremo. Três deles, do PMDB, no âmbito da Lava Jato.

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