“Os que virão após a gente, temos certeza, não deixarão a tocha emancipacionista apagar-se” – Marlan Rocha.
O Estado do Rio São Francisco, tem sua criação possibilitada pelo Decreto Lei n° 631 de autoria do Deputado Gonzaga Patriota. O novo estado fica localizado à margem esquerda do Rio São Francisco, compreendendo a área da antiga Comarca do São Francisco, que em 7 de julho de 1824, através de decreto de Dom Pedro I, se desligou da Província de Pernambuco, alegando a inoperância do presidente de Pernambuco, Manoel de Carvalho Paes de Andrade, para com a Região, anexando-a Minas Gerais. Mais tarde, em 15 de outubro de 1827, a Assembleia Geral Legislativa, resolveu que a Comarca de São Francisco se agregasse – provisoriamente – à Província da Bahia, o que o faz até hoje.
Atualmente, ainda está escancarada a situação de abandono da região pela Bahia, pois, somente quem não conhece argumenta ao contrário e se posiciona pela não realização do desmembramento.
Dentro do seu contexto histórico, observa-se que o mérito desta questão é totalmente admissível, uma vez que, há valores históricos suficientes e de interesse participativo das comunidades ribeirinhas em serem incluídas no plano de desenvolvimento nacional.
São 34 municípios, hoje todos eles oriundos juridicamente do Estado da Bahia. O potencial de viabilidade da existência do novo Estado do Rio São Francisco, é realmente inigualável, tanto no que diz respeito à agropecuária, como ao turismo e outras atividades econômicas. Sua navegabilidade fluvial, por exemplo, vai de um extremo ao outro do estado. São 720 Kms inteiramente navegáveis, indo de Carinhanha a Casa Nova. Sua dimensão territorial é de 174.298 Km2, portanto, o futuro maior estado desta Região.
O anseio e garra de seu povo: Ribeirinhos, Barranqueiros, Brejeiros, Geralistas, Veredeiros e Sertanejos, ainda é maior, pois em razão do exposto e definido no projeto de emancipação deste novo estado, propicia-se, uma nova expectativa de vida, surgindo também a descentralização administrativa e financeira, conseqüentemente dando-se a possibilidade de um novo estilo de vida socioeconômica para esta região, ampliando também seu espaço cultural.
Além de saber, que este território é a “Pira Sagrada” onde a chama de emancipação permanece acesa como o ideal da criação do Estado do Rio São Francisco, contamos ainda com a inarredável posição da Fundação Geraldo Rocha a favor de sua consagração.
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Lamarque D’Lavor Santana de Almeida Rocha é jornalista e nasceu em São Raimundo Nonato – PI. Atualmente constitui o conceituado centro de estudos e de reflexões sobre Direito – IDP – Instituto Brasiliense de Direito Público, organizado pelos mais respeitados juristas do país, incluindo Doutores, Mestres, Juízes, Membros do Ministério Público, Ministros das mais altas Cortes do país e Ministros de Estado.
D’Lavor é um emancipacionista entusiasta pela criação e desmembração de novos territórios, dentre os quais defende a emancipação dos estados do Rio São Francisco e Gurguéia, também dos novos municípios.
Lamarque D’Lavor
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