VC no Acesse - "O vídeo mostra a parte final de uma audiência em que Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, preso na operação Lava-Jato, foi ouvido pelo juiz Sérgio Moro na última terça-feira, 5 de maio, em Curitiba. Vi o vídeo em companhia de um amigo advogado, que me explicou ser da lei que, no interrogatório, após responder as perguntas do juiz e das partes, abra-se ao réu a oportunidade de acrescentar algo em sua defesa, de falar sobre algum assunto que julgue relevante e que não lhe tenha sido perguntado. É comum - esclareceu-me o causídico - que o réu aproveite para dizer que é inocente. Porém, Cerveró não se diz inocente, mas interroga Sérgio Moro sobre as razões de tê-lo prendido com base apenas numa reportagem de revista. O réu faz um claro desafio ao juiz para que mostre as provas em que se baseou para mantê-lo preso já por cinco meses. Esse desafio do réu, sem reação do juiz ou intervenção dos promotores, por certo presentes na audiência, constitui um fato muito grave, que o meu amigo, com trinta anos de advocacia, nunca presenciara. Grave, esclareceu-me, não apenas pelo desafio em si (desabonador da autoridade da Justiça), mas especialmente porque a falta de resposta do juiz parece querer dizer que de fato não existem provas nos autos, além da referida matéria jornalística. Tudo isto nos leva a uma pergunta inevitável: estaria esse juiz, com o apoio e patrocínio do Ministério Público, cometendo um crime contra o Estado brasileiro, contra o estado democrático de direito, prendendo sem razão, condenando sem provas, e por isso se calou diante da indignação de sua vítima? Talvez esse vídeo devesse ser exibido e debatido no Congresso Nacional". Enviado por  Zi Ormar.