Não sei se o meu desânimo em escrever sobre o cenário nacional vem do descrédito no sistema de representatividade política no Brasil, se nasce, da tristeza de ouvir disparates dos que se acham elite e defendem posições que aprofundarão mais ainda o fosso social, embora estejam longe de ocupar espaços de poder político ou econômico, e, portanto, só Bourdieu com a crítica social do julgamento poderá nos ajudar. Talvez venha do presenciar da proliferação da ignorância naturalizada e compartilhada nas redes sociais, ou, do presenciar a decadência completa do jornalismo brasileiro. Na verdade, acredito que é uma combinação de fatores que levam grande parte de nós ao desânimo.
De 2010 para cá, quando retornei ao país, após um estágio de doutorado na Universidade Autônoma de Barcelona, minha curva de sentimentos positivos em relação ao Brasil tem oscilado bastante. Quando retornei o mundo enfrentava uma grande crise econômica, mas o Brasil seguia firme. A camada depré-sal havia sido descoberta há poucos anos e essas reservas de petróleo nos tornavam extremamente competitivos no cenário econômico mundial, todavia, mais que competitivos, nos tornamos alvo dos países do hemisfério norte e de suas multinacionais que hoje, pelas mãos do governo temerário, exploram tranquilamente as reservas brasileiras e nós, que pagávamos um preço justo pelo combustível, agora pagamos os custos da entrega das nossas riquezas para mercado internacional. A entrega de riquezas, por sinal, é uma prática constante desde que o primeiro encontro cultural aconteceu na Bahia de 1.500.
Hoje, no entanto, o Brasil se transformou em um lugar de vergonha para todos, que como eu, lutam e acreditam no caminho do desenvolvimento, somente se este, for um caminho para a liberdade, o que inclui, sobretudo, promoção da igualdade social. Mas as elites deste país de súditos dominados e seduzidos pelo poder político e econômico hegemônico, brincam a bel prazer com as vidas de grande parte da população que sem criticidade, abraçam o discurso de quem lhes oprime, passando a defender o opressor.
E a centralidade midiática e suas ramificações nas redes sociais continuam a exercer grande influência, numa massa, em antítese segmentada, que se une não por convicções, mas pelo desejo de ter status quode desenvolvimento, de bonança devolvido. Esquecem que, no entanto, a bonança veio não por vias autoritárias, mas por vias democráticas e através de políticas públicas que procuraram fomentar a igualdade social, em todos os setores, principalmente, com a política do pleno emprego e da assistência às famílias mais carentes deste país, possibilitando a acessão econômica entre as classes e a retirada de milhões da condição de miséria.
Todavia, em dois anos o governo do temerário conseguiu reverter o trabalho dos últimos vinte anos, devolvendo os brasileiros a uma condição de econômica insustentável, em que 70% da população encontra-se endividada.
Esse feito histórico negativo do Presidente Temer tem projetos de complementariedade e continuidade. Geraldo Alckmin, por exemplo, pretende continuar com a política de privatização iniciada no governo de Fernando Henrique Cardoso retirando da nação não só as riquezas, mas do Estado o poder de ser o fiel da balança em um mercado de capitalismo predatório. As ideias para a economia e emprego contidas em seu programa de governo registrado no TSE e disponível aqui. Propostascandidatos.nneed3.Interests.Ad2.mktg , falam, por exemplo, em diminuir Imposto de Renda para Pessoa Jurídica (Empresas), o que configura mais benefícios para o mercado, mas não fala em taxar as grandes fortunas, nem em fomentar o emprego nas classes desfavorecidas.
Já o Amoedo, o atual eleito para o posto de salvador da pátria, sobretudo, por muitos que ainda não leram suas propostas, vem com intenções mais claras. Este candidato afirma claramente que se, eleito for, privatizará os bancos públicos ( Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal ), confira aqui.
Propostascandidatos.nneed3.Interests.Ad2.mktg) retirando do mercado dois grandes players que compartilham entre si, as maiores carteiras tanto no âmbito jurídico como físico. É bem verdade, que em dois anos a temerária administração tem conseguido deixar tanto o Banco do Brasil, quanto a Caixa, em um estado de atraso em relação aos concorrentes, visto que não está investindo em tecnologia, nem em atualização dos pontos de venda etc. , obviamente, com o intuito de torná-los alvos mais fáceis para venda. Enquanto isso o Banco Itaú, um dos promotores e criadores do partido Novo, tanto quanto, do Instituto Milênio- IMIL, aponta com um dos maiores lucros de sua história, em plena crise econômica geral, que coloca mais da metade da população brasileira no banco dos endividados ( como já mencionei antes).
O fato é que o projeto das elites políticas de centro-direita, costumeiramente, representantes do capital financeiro, tem falhado no rio de corrupção, assim, esse setor de extremo poder no país resolveu criar seu próprio partido com um representante que é, nada mais nada menos, que um banqueiro. Agora pretendem governar sem atravessadores, com o apoio do sistema midiático e tem conseguido adeptos numa rapidez impressionante, pois as pessoas, sobretudo, as que estão perdidas e não acreditam nos representantes que hoje, tentam se reeleger, veem no empresário, o salvador da pátria em seu cavalo branco. Creio eu, no entanto, que se trata de um cavalo de Tróia, visto que, banqueiro em pele de cordeiro, não combina.
Enquanto, o sistema midiático tem apoiado o Novo, nada novo concorrente, uma vez que traz um novo nome, mas representa o velho e pernicioso mercado que condena o Brasil a essa situação de penúria, visto que os poucos participantes desta seleta classe econômica, ocupam o topo da pirâmide e possuem um patrimônio superior à grande maioria de nós, pobres mortais. Por outro lado, a mídia tem trabalhado a todo vapor para desqualificar sempre mais, o ex-Presidente Lula e silenciar as ações de seu partido na campanha eleitoral; como também, enxergou, tardiamente, a besteira que fez ao promover o inominável ex-militar.
Aliás, por falar no inominável, é impressionante o poder de sedução de um discurso de violência e ódio em uma população (que se diz esclarecida). Vejo negros defendendo o candidato, quando suas declarações demonstram racismo extremo, motivo pelo qual já foi julgado. Vejo mulheres nas redes sociais comemorando a fala da pessoa ao afirmar que a Renata Vasconcelos ganha um salário inferior ao de William Bonner. Vejo gays declarando voto ao homofóbico inveterado. Vejo pessoas que residem em favelas de todo o país seduzidas pelo discurso de fim da violência pelas mãos de mais violência; declararem seu voto a pessoa candidata, esquecendo que serão alvo de sua ira, caso eleito.
Por fim e quanto ao jornalismo praticado pela bancada inquisidora da rede de televisão de maior audiência neste país, só posso comentar com tristeza que não é esse o jornalismo que defendemos, nem que ensinamos nas universidades públicas do Brasil. Creio que os famosos jornalistas poderiam contribuir muito mais, se trabalhassem temas que nos interessam tais como propostas para educação, propostas para saúde, propostas para a segurança, propostas para promoção da igualdade social, direitos humanos, etc.. Atacar candidatos, mesmo aqueles que não devemos nomear, não contribui para promover o discernimento no público eleitor.
De 2010 para cá, quando retornei ao país, após um estágio de doutorado na Universidade Autônoma de Barcelona, minha curva de sentimentos positivos em relação ao Brasil tem oscilado bastante. Quando retornei o mundo enfrentava uma grande crise econômica, mas o Brasil seguia firme. A camada depré-sal havia sido descoberta há poucos anos e essas reservas de petróleo nos tornavam extremamente competitivos no cenário econômico mundial, todavia, mais que competitivos, nos tornamos alvo dos países do hemisfério norte e de suas multinacionais que hoje, pelas mãos do governo temerário, exploram tranquilamente as reservas brasileiras e nós, que pagávamos um preço justo pelo combustível, agora pagamos os custos da entrega das nossas riquezas para mercado internacional. A entrega de riquezas, por sinal, é uma prática constante desde que o primeiro encontro cultural aconteceu na Bahia de 1.500.
Hoje, no entanto, o Brasil se transformou em um lugar de vergonha para todos, que como eu, lutam e acreditam no caminho do desenvolvimento, somente se este, for um caminho para a liberdade, o que inclui, sobretudo, promoção da igualdade social. Mas as elites deste país de súditos dominados e seduzidos pelo poder político e econômico hegemônico, brincam a bel prazer com as vidas de grande parte da população que sem criticidade, abraçam o discurso de quem lhes oprime, passando a defender o opressor.
E a centralidade midiática e suas ramificações nas redes sociais continuam a exercer grande influência, numa massa, em antítese segmentada, que se une não por convicções, mas pelo desejo de ter status quode desenvolvimento, de bonança devolvido. Esquecem que, no entanto, a bonança veio não por vias autoritárias, mas por vias democráticas e através de políticas públicas que procuraram fomentar a igualdade social, em todos os setores, principalmente, com a política do pleno emprego e da assistência às famílias mais carentes deste país, possibilitando a acessão econômica entre as classes e a retirada de milhões da condição de miséria.
Todavia, em dois anos o governo do temerário conseguiu reverter o trabalho dos últimos vinte anos, devolvendo os brasileiros a uma condição de econômica insustentável, em que 70% da população encontra-se endividada.
Esse feito histórico negativo do Presidente Temer tem projetos de complementariedade e continuidade. Geraldo Alckmin, por exemplo, pretende continuar com a política de privatização iniciada no governo de Fernando Henrique Cardoso retirando da nação não só as riquezas, mas do Estado o poder de ser o fiel da balança em um mercado de capitalismo predatório. As ideias para a economia e emprego contidas em seu programa de governo registrado no TSE e disponível aqui. Propostascandidatos.nneed3.Interests.Ad2.mktg , falam, por exemplo, em diminuir Imposto de Renda para Pessoa Jurídica (Empresas), o que configura mais benefícios para o mercado, mas não fala em taxar as grandes fortunas, nem em fomentar o emprego nas classes desfavorecidas.
Já o Amoedo, o atual eleito para o posto de salvador da pátria, sobretudo, por muitos que ainda não leram suas propostas, vem com intenções mais claras. Este candidato afirma claramente que se, eleito for, privatizará os bancos públicos ( Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal ), confira aqui.
Propostascandidatos.nneed3.Interests.Ad2.mktg) retirando do mercado dois grandes players que compartilham entre si, as maiores carteiras tanto no âmbito jurídico como físico. É bem verdade, que em dois anos a temerária administração tem conseguido deixar tanto o Banco do Brasil, quanto a Caixa, em um estado de atraso em relação aos concorrentes, visto que não está investindo em tecnologia, nem em atualização dos pontos de venda etc. , obviamente, com o intuito de torná-los alvos mais fáceis para venda. Enquanto isso o Banco Itaú, um dos promotores e criadores do partido Novo, tanto quanto, do Instituto Milênio- IMIL, aponta com um dos maiores lucros de sua história, em plena crise econômica geral, que coloca mais da metade da população brasileira no banco dos endividados ( como já mencionei antes).
O fato é que o projeto das elites políticas de centro-direita, costumeiramente, representantes do capital financeiro, tem falhado no rio de corrupção, assim, esse setor de extremo poder no país resolveu criar seu próprio partido com um representante que é, nada mais nada menos, que um banqueiro. Agora pretendem governar sem atravessadores, com o apoio do sistema midiático e tem conseguido adeptos numa rapidez impressionante, pois as pessoas, sobretudo, as que estão perdidas e não acreditam nos representantes que hoje, tentam se reeleger, veem no empresário, o salvador da pátria em seu cavalo branco. Creio eu, no entanto, que se trata de um cavalo de Tróia, visto que, banqueiro em pele de cordeiro, não combina.
Enquanto, o sistema midiático tem apoiado o Novo, nada novo concorrente, uma vez que traz um novo nome, mas representa o velho e pernicioso mercado que condena o Brasil a essa situação de penúria, visto que os poucos participantes desta seleta classe econômica, ocupam o topo da pirâmide e possuem um patrimônio superior à grande maioria de nós, pobres mortais. Por outro lado, a mídia tem trabalhado a todo vapor para desqualificar sempre mais, o ex-Presidente Lula e silenciar as ações de seu partido na campanha eleitoral; como também, enxergou, tardiamente, a besteira que fez ao promover o inominável ex-militar.
Aliás, por falar no inominável, é impressionante o poder de sedução de um discurso de violência e ódio em uma população (que se diz esclarecida). Vejo negros defendendo o candidato, quando suas declarações demonstram racismo extremo, motivo pelo qual já foi julgado. Vejo mulheres nas redes sociais comemorando a fala da pessoa ao afirmar que a Renata Vasconcelos ganha um salário inferior ao de William Bonner. Vejo gays declarando voto ao homofóbico inveterado. Vejo pessoas que residem em favelas de todo o país seduzidas pelo discurso de fim da violência pelas mãos de mais violência; declararem seu voto a pessoa candidata, esquecendo que serão alvo de sua ira, caso eleito.
Por fim e quanto ao jornalismo praticado pela bancada inquisidora da rede de televisão de maior audiência neste país, só posso comentar com tristeza que não é esse o jornalismo que defendemos, nem que ensinamos nas universidades públicas do Brasil. Creio que os famosos jornalistas poderiam contribuir muito mais, se trabalhassem temas que nos interessam tais como propostas para educação, propostas para saúde, propostas para a segurança, propostas para promoção da igualdade social, direitos humanos, etc.. Atacar candidatos, mesmo aqueles que não devemos nomear, não contribui para promover o discernimento no público eleitor.
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