

A OMS-Organização Mundial da Saúde está acompanhando cerca de 24 vacinas que estão sendo desenvolvidas em todo o mundo contra o novo coronavírus, no entanto, fala-se que mais de uma centena de estudos nesse sentido estejam em desenvolvimento. No site da OMS localizamos o documento em que acompanha o estágio atual de cada vacina. Atualmente no Brasil temos duas vacinas em terceira fase clínica de testagem. A primeira, desenvolvida pelo Laboratório SinovacBiotech que tem sede na China e chegou ao Brasil no início desta semana através de uma parceria entre o Governo do Estado de São Paulo e o referido laboratório. As doses da Coronavacseguiram para o Instituto Butantan em São Paulo que já possui autorização da CONEP-Comissão Nacional de Ética na Pesquisa e da ANVISA-Agência Nacional de Vigilância Sanitária para iniciar a testagem em cerca de 9 mil voluntários, previamente cadastrados através de aplicativo específico.
A Coronavac somente poderá ser testada em brasileiros porque já passou pelos estágios anteriores de desenvolvimento de uma vacina e até o momento tem se mostrado um fármaco com grande possibilidade de sucesso tendo em vista que nas fases clínicas 1 e 2 apresentou eficácia em cerca de 90% dos voluntários que desenvolveram os anticorpos necessários para o combate ao novo coronavírus.
O Laboratório Sinovac optou por desenvolver uma vacina com o vírus inativado e associado a um adjuvante de alumínio que tem por objetivo potencializar a ativação de anticorpos já que o vírus inativado não desperta tanto o sistema imunológico, desse modo, os pesquisadores optaram por um caminho mais seguro no sentido de evitar efeitos colaterais em seres humanos e procuraram sanar a deficiência do método com a associação de uma formulação de alumínio.
A OMS-Organização Mundial da Saúde no documento de acompanhamento dos fármacos preventivos contra o novo coronavírus informa que a vacina desenvolvida pela Sinovac encontra-se em terceiros estágio da fase clínica de testagem. Para visualizar clique aqui. Os estudos da Sinovac também estão sendo acompanhados pela U.S National Libray ofMedicine através do Estudo de segurança e imunogenicidade da vacina inativada para profilaxia da infecção por SARS CoV-2 (COVID-19) disponível aqui.
Vale, no entanto, ressaltar que a vacina somente poderá ser produzida e distribuída ou vendida após a conclusão da última fase clínica. Mais informações podem ser obtidas aqui.
A vacina desenvolvida pelo Laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford na Inglaterra também se encontra na última fase clínica de testagem, conforme o mesmo documento da OMS já mencionado acima em que localizamos o link que oficializa a pesquisa e a fase em que encontra, detalhando o público voluntário para o trabalho de testagem, assim como, a metodologia a ser aplicada. Além disso, ressalta que a fase 3 será realizada no Brasil. O diferencial aqui é que serão dois grupos a serem testados, em que um receberá a vacina experimental e o outro grupo receberá outras vacinas já existentes para outras patologias. Os voluntários serão acompanhados por 1 ano e testados para a COVID-19.
A vacina desenvolvida na Universidade de Oxford na Inglaterra e pelo Laboratório AstraZeneca tem como base o adenovírus do chimpanzé que foi modificado geneticamente para se tornar incapaz de se multiplicar no organismo humano, ao tempo em que, se introduziu uma proteína do SARS-COV-2 com o objetivo de ativar o sistema imunológico a produzir anticorpos contra o novo coronavírus. Esta vacina passou por estudos pré-clínicos in vivo em ratos e macacos. Ainda em abril tiveram início as primeiras fases clínicas de testagem em humanos na Inglaterra e no Brasil a vacina será testada em dois mil voluntários recrutados em São Paulo e um mil no Rio de Janeiro.
A Fundação Fiocruz é a responsável pela fase clínica 3 de testagem da vacina inglesa e o acordo entre o governo brasileiro e o Laboratório AstraZeneca inclui transferência de conhecimento e produção da vacina pela Fiocruz. Esta vacina, assim como, a desenvolvida na China também já possui autorização do CONEP e da ANVISA para a realização da terceira fase clínica no Brasil.
Por fim, vale destacar que o documento publicado no site da OMS de acompanhamento das vacinas, ressalta que também encontram-seem último estágio clínico, mais 3 vacinas queestão sendo desenvolvidas em institutos e laboratórios da China.
A vacina desenvolvida pelo Laboratório alemão Curevac já anunciada pela mídia mundial,encontra-se ainda na primeira fase clínica de testagem em humanos.
A última das notícias sobre as vacinas saiu recentemente e se refere à vacina que está sendo produzia na Rússia e que segundo divulgação do governo daquele país, estará disponível em outubro. A vacina teria sido criada pelo Centro Nacional de Investigação de Epidemiologia e Microbiologia- Gamaleya em Moscou, mas sobre a qual não temos ainda maiores informações.
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