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Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
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Mauro Sampaio

Mauro Sampaio

mauroadrianosampaio@gmail.com

22/07/2022 - 07h13

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Mauro Sampaio

mauroadrianosampaio@gmail.com

22/07/2022 - 07h13

O parque ambiental de Teresina que virou monturo e criadouro de gatos

 

Parque Ambiental do Poti, na Avenida Marechal Castelo Branco, é usado para descarte de lixo e restos de materiais de construção e de gatos. Gestão municipal faz pouco-caso.


Tudo o que restou da mata ciliar do Rio Poti na sua travessia por Teresina (PI) são poucos metros da água poluída até as avenidas marginais, entre elas, a Marechal Castelo Branco, à esquerda (que ironia). O Parque Ambiental Poti I foi inaugurado em 1994 com o objetivo de oferecer lazer, caminhadas e "preservar" o pouquíssimo meio ambiente que havia sido deixado para a população da capital em franca modernização urbanística. 

Tudo o que restou tem sido descuidado pelo gestor municipal, que faz vista grossa para o desprezo de citadinos capazes de usar o parque para desovar restos de construção e lixo orgânico, depredar e abandonar gatos que se reproduzem às centenas. Os felinos são alimentados e hidratados por defensores de animais que parecem entender que eles têm o direito de viver na calçada do parque como atração. Mensagem na coluna da ponte da Primavera afirma que "para Deus toda vida é importante". Acima, o desenho da cabeça de um gato com cara feliz. 


Sabe-se que animais domésticos em situação de rua podem transmitir doenças (as zoonoses), atacar e provocar acidentes de trânsito. No Parque Ambiental Poti I, os bichanos obviamente defecam (o mau cheiro avisa), as rações sujam e os abrigos improvisados descaracterizam o local. Há sempre alguém que "adota", mas o ritmo de descarte e reprodução é praticamente insuperável. 

Toda vida é importante, gatos são importantes, mas é assim que deve ser, logo numa área em que o pouco que sobrou de natural deveria estar em relativo equilíbrio ambiental? Essa pergunta poderia ser respondida por algum membro do Conselho Municipal de Meio Ambiente, mas as reuniões não são mais realizadas na "casa verde" do parque. Está fechada, abandonada e gatos circundam a ex-habitação desse serviço público. Não basta criar o parque. É preciso cuidar diariamente do parque.

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