Seminário Intercâmbio Cultural no Cinema- InTHErCine acontece em Teresina
O Seminário “Intercâmbio Cultural no Cinema: coprodução Cinematográfica Internacional e produção Piauiense” será realizado no dia 02 de fevereiro, às 17h30, no Teatro Torquato Neto localizado no Complexo Clube dos Diários no centro de Teresina.
Na programação, Flavia Rocha, jornalista e doutoranda da Universidade de Brasíliafalará sobre o panorama de coprodução cinematográfica realizada no Brasil, dentre outros temas. Também na programação,Ana KelmaGallas, jornalista e mestre em Antropologia, falará sobre o panorama piauiense, enquanto que o cineasta Cícero Filho vai explanar sobre as batalhas para produção de um filme, explorando a temática: Porque produzir um filme dá um filme.
Ainda na ocasião, Roberto Saboia, Coordenador Estadual do Programa Cultura Viva no Piauí e sócio fundador da ABD/PIAUÍ, apresentará as principais realizações da Associação Brasileira de Documentaristas, secção Piauí.
O evento que tem o apoio da Associação Brasileira de Documentaristas/Piauí e da Secretaria Estadual de Cultura do Piauí, também trazuma exposição de cartazes de filmes e fotografias que narram a história de algumas produções da ABD-PI e parcerias desde 2006, quando foi criada. Serão exibidas imagens das produções próprias, bem como as suas participações em coproduções em diversas obras filmadas no Piauí.
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo email brasilcoproducoes@gmail.com. Para isso, basta mandar mensagem com nome e telefone de contato.
A Cultura no aparelho do Estado
Os Suplementos de Cultura da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais – Estadic 2014 e da Pesquisa de Informações Básicas Municipais – Munic 2014 lançados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de 2015 apresentam dados sobre as 27 unidades da Federação e 5.570 municípios brasileiros.
O resultado das pesquisas apresentam informaçõesrelativas às instituições gestoras de cultura nos estados e municípios; assim como, abordam condições de infraestrutura; recursos humanos; políticas culturais; instrumentos de gestão; legislação específica; existência e características de conselhos e fundos relativos ao tema; ações, projetos e atividades desenvolvidos; atividades artísticas e artesanais, nas suas mais diversas manifestações; equipamentos culturais e meios de comunicação.
De acordo com as informações do IBGE, entre 2006 e 2014, 3% das cidades perderam suas instituições de cultura, pois em 2014 apenas 94,5% municípios tinham alguma estrutura organizacionalnúmero inferior ao de 2006 quando 97,5% das prefeituras tinham alguma estrutura. Entretanto, houve um aumento de municípios com secretarias que tratam especificamente do tema: enquanto os municípios com secretarias exclusivas passaram de 4,3% (236) em 2006, para 20,4% (1.073) em 2014, os com secretarias em conjunto com outras políticas caíram de 73,8% (4.007), para 57,3% (3.014), no mesmo período.
No que concerne a existência de umaPolítica cultural: pouco mais da metade (54,6%) das cidades tinha uma política para o setor em 2014, o que demonstra um declínio em 3,3 pontos percentuais daqueles que declararam ter esta formulação política entre 2006 e 2014. Vale destacar que apenas 5,9% dos municípios possuíam plano de cultura regulamentado por instrumento legal em 2014 e 2,5% afirmaram ter o plano sem regulamentação por instrumento legal. Outros 23,6% declararam que o plano está em elaboração.
No caso dos estados, apenas três tinham plano de cultura formalizado, em 2014: Amazonas, Alagoas (o único regulamentado por instrumento legal) e Mato Grosso. Os demais declararam que seus planos estavam em elaboração em diversos estágios, sendo que Sergipe declarou que estava para ser sancionado. Nos Estados do Rio Grande do Norte, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul os planos encontravam-se nas mãos do executivo, ou seja, em uma das etapas finais do processo para sua aprovação.
Um dos destaques da pesquisa são os programas de financiamento ao setor cultural: 18 estados informaram ter algum programa ou ação para a produção local, com destaque para formação, capacitação, qualificação ou educação capaz de incentivar competências criativas, articulação e estímulo ao fomento de empreendimentos criativose criação, produção, circulação ou distribuiçãode bens e serviços criativos.
No que diz respeito aos municípios, 26,9% afirmaram ter algum programa ou ação de incentivo à produção local. O Rio de Janeiro tem a maior proporção de municípios com programas ou ações nesta área (52,2%), seguido pelo Amapá e Pernambuco (43,8%), Acre (40,9%), Roraima (40,0%) e Mato Grosso do Sul (39,2%).
Sobre a produção cinematográfica realizada com o apoio de estados e municípios, vale destacar que foram produzidos1.849 filmes. Destaque ainda para24 estados que apoiaram financeiramente a produção de filmes, destacando-se o Rio Grande do Sul (60 filmes), Pernambuco (54 filmes) e São Paulo (42).
No que e refere à produção literária, em 2014, 25 unidades da federação mantinham programas ou ações para fomentar a criação, produção circulação e difusão literária através de mecanismos como editais e incentivo direto. Entre os municípios, 56,3% tinham ações e programas em prol da leitura, do livro e da literatura.
Para maiores informações acesse: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95013.pdf
Ana Reina Rêgo
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