Os pais estão terceirizando a educação de seus filhos e, em um mundo sem tempo e repleto de culpa delegam a educação de seus filhos a professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação para isso. Professores são facilitadores da inteligência coletiva, pais são os educadores na/da/para a vida!
Mas como educar se os pais não têm “tempo” para ajudar estes jovens a construir sua estrutura?
Os filhos não têm “tempo” para escutar o que os pais têm pra dizer, talvez uma conferência familiar pelo Whats ou Skype, quem sabe…
Quando somos jovens, acreditamos que sabemos tudo, que estamos prontos para a vida, mas viver nos ensina que a gente não sabe NADA sobre a vida. Compreender e aceitar que não somos e nunca seremos perfeitos, que simplesmente não sabemos de quase nada e nem temos certeza de tudo, nos torna mais abertos, mais humanos, mais doces, mais amorosos e tolerantes, com nós mesmos e com os outros.
Mas para que nossos jovens possam compreender tudo isso, precisamos cria-los para que sejam mais humanos, colaborativos, criativos, transgressores, mas para isso, precisarão ser ensinados que serão alguém, não pela quantidade de bens que possuírem e exibirem, mas sim, por “ser” humano, “ser” como verbo de ação!
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Isabel Cristina Gonçalves é adamantinense, oceanógrafa, mestre em Educação e
doutora em Educação Ambiental. Atualmente trabalha como pesquisadora,
pós-doutoranda, pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Isabel Cristina Gonçalves
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