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Terça-feira, 05 de novembro de 2024
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VC no Acesse

acessepiaui@hotmail.com

06/07/2016 - 09h18

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VC no Acesse

acessepiaui@hotmail.com

06/07/2016 - 09h18

Internet vai vencendo queda de braço com tvs e jornais

 

Estamos vivendo a era do desespero. Gritam por socorro os noticiários, desesperados – essa é a palavra, estão a sombra do desastre – por sucumbirem depois de uma era em que os meios tradicionais de comunicação reinaram no cenário midiático. Pode parecer uma teoria negativista, mas não é; seria positivista – creiamos.


Tem se tornado um constante drama para meios hegemônicos a queda em receita vindo da publicidade, causa maior, devido ao seu enfraquecimento em audiência e alcance de público, que agora não tem apenas o controle remoto, mas a vastidão das redes sociais e da internet como toda.


Algo que podemos constatar é a luta diária travada pelos meios em reverter essa situação de distanciamento do público para a internet. Uns se preparam para esse novo cenário e tentam a convergência, mesmo que tímida. Outros abrem espaço amplo para as pautas oriundas da rede – em massa, das mídias sociais.


Dada a carência de audiência, cada vez mais visível, a hora de reverter a nova onda está se deslanchando em desespero nítido e ridículo. A televisão tenta, a todo custo, destruir a nossa inteligência, já que não consegue combater a nossa migração para a rede mundial de computadores.


Vem sendo postas em prática, diariamente, formas de barrar o nosso distanciamento do meio hegemônico de décadas, a televisão. Querem que coloquemos novamente em destaque na nossa sala, aquele aparelho receptor que escabrosamente consentíamos doses cavalares de manipulação diária em nossas residências.

 

Queda de anúncios


Para maior desespero, não foi somente o público que migrou, mas também os anunciantes, para os quais existe a expectativa de investimento em publicidade nos meios eletrônicos, ainda nesta década, de US$ 500 bilhões por ano – como afirma relatório da WFA (World Federation of Advertisers), publicado no Financial Times.


Em reportagem, O Globo deu destaque para as fraudes do Google, pelo qual, em anúncios feitos na grande rede mundial, empresas poderiam perder em média 10% para os fraudadores de visualizações. Com esse enfoque na reportagem, a artimanha tenta desestimular os empresários em anunciar em concorrentes indiretos da TV, o YouTube e similares.


Mas de igual forma, indícios de falcatrua também são apontadas para empresas que avaliam a audiência na TV, deixando margem e passividade para fraudes. Além do mais, está cada vez improvável saber se o público-alvo está sendo impactado com a propaganda veiculada em televisão, tendo em vista que os telespectadores não estão sendo empolgados a continuar assistindo aos intervalos comerciais. Com a multiplicidade de telas (celulares, tablets e desktops), o telespectador tende a fugir, nos reclames da TV, para atividades que acha ser mais interessante e menos maçante – como ver postagens em redes sociais – do que ver anúncios e publicidade na velha mídia.


“Não fale em crise, trabalhe”


Como vemos claramente em manchetes e focos de manipulação agendadas nos meios hegemônicos (Globo, Folha, Estadão), a banda podre debanda desenfreada para o lado do neoliberalismo e com o descaramento, escancarando o plano de fundo, a politicagem flertando com a mídia chula as bancarrotas: no tudo ou nada.


A imprensa mudou o rumo da conversa e agora conclama a um país sem corrupção e sem crise. Para que saibam e fique claro, querem um país sem corrupção nas manchetes, porém defendendo que ela continue esclusa e reinando de onde nunca deveria ter saído, de encontros às portas fechadas e sem as vozes dos ouvidores.

 

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Francisco Júlio Xavier é jornalista e pós-graduando 

em Comunicação Digital, no Observatório da Imprensa.

 

Francisco Júlio Xavier

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