O "Governo Interino" pensa em privatizar os aeroportos de Congonhas(SP) e Santos Dumont(RJ). Esses dois aeródromos são responsáveis pelo embarque e desembarque de centenas de pessoas, diariamente, da "ponte aérea Rio- São Paulo". Não precisa dizer que são altamente lucrativos. E nem é radical afirmar que as privatizações de nossas estatais, realizadas até agora, foram boas pra os "compradores" e péssimas para os usuários. Sem falar que algumas empresas ganhadoras não tinham nenhuma experiência no ramo- como as que adquiriram a Telebrás-, além de serem financiadas pelo BNDES.

Hoje assistimos a operadora OI pedindo clemência à "viúva", que já foi bastante generosa [pra ela], pra cobrir seus débitos. Por isso, é temeroso privatizar bens públicos, na avidez de conseguir recursos pra reduzir os rombos nas contas do governo. Sou forçoso citar o presidente Figueiredo, que perguntado por que não vendia a Petrobras, ele disparou:"Eu topo. Mas relacionem aí quatro ou cinco grupos privados brasileiros que tenham dinheiro pra comprar a Petrobras. E não é só a Petrobras, não. Quem tem dinheiro neste país pra comprar a Vale do Rio Doce ou a Companhia Siderúrgica Nacional? Quem tiver que se apresente. Que eu saiba, não há ninguém.

Mas o empresário brasileiro é engraçado: a privatização de que tanto ele fala é na verdade doação". Os brutos, algumas vezes, tem momentos de lucidez.

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Flávio Nogueira, suplente de

deputado federal (PDT-PI), nas redes sociais.