O PMDB é dos poucos partidos brasileiros que tem uma história de enraizamento nos municípios e regiões que lhe garante uma percentagem de senadores, deputados e prefeitos. Depois da experiência traumática do governo José Sarney, não teve condições de apresentar candidato [competitivo] a presidente. Ele instalou no Poder Legislativo seu campo de manobra. E aí ele se torna quase imbatível. Faz tudo para manter seu espaço no poder. Sempre que um presidente se esquece disso ele [o presidente] se dá mal. O PMDB é dirigido por oligarcas regionais, que fazem todo tipo de acerto para manter-se numa situação de força e trocar benesses com o poder executivo federal. É um partido pragmático.
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Roberto Romano, doutor em filosofia e professor de Ética Política na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), no Uol desta sexta, 02/09/16.
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