Desde que soube do documentário sobre Torquato Neto, desejei assisti a ele. Não sou muito de ver filmes, gosto mais de outras leituras. Mas a poesia e a vida de Torquato Neto exercem em mim certo fascínio. “sou como eu sou pronome pessoal e intransferível” são palavras que martelam minha cabeça desde a minha juventude acadêmica. No entanto eu achava que Gil, Caetano, principalmente estes dois, eram-lhe muito superiores. Mas, hoje, depois que vi o documentário e ouvi os depoimentos dos compositores baianos, tive uma certeza: eles o consideravam superior. Quando escuto Louvação e Geleia Geral, não tenho dúvida: Torquato Neto era um letrista que, em muitos momentos, supera os compositores. Sem nenhum ufanismo, aliás, posso afirmar que em Gilberto Gil, dentre as suas inúmeras canções, nenhuma tem a força melódica como as escritas por Torquato.
Confesso que ver um teresinense, mesmo depois de 46 anos de sua morte, ser apresentado como uma pessoa que mudou um cenário cultural no Brasil é algo extremamente gratificante.
Muita coisa já foi dita, e continuará a ser dita, sobre Torquato Neto. Nesses dias passados, foi lançado pelo Global Editora o livro Melhores poemas de Torquato Neto, organizado e prefaciado pelo jornalista Cláudio Portela.
Eu, sempre que posso, faço louvação daquilo que é louvado sobre ele. Era um grande letrista da música brasileira. A prova disso é sua participação no LP Tropicália ou Panis et Circencis, um dos mais perfeitos discos da música brasileira, com os artistas baianos Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Os Mutantes, Nara Leão e Tom Zé.
No documentário, o que me chamou a atenção foi a relação de Torquato com os poetas vanguardistas Haroldo de Campos e Augusto de Campos, e com o artista plástico Hélio Oiticica.
As imagens em movimento de Torquato Neto, no documentário, são do filme de Ivan Cardoso Nosferato do Brasil e do Terror da Vermelha de 1972 dirigido pelo próprio Torquato.
O documentário Torquato Neto – Todas as horas do fim é riquíssimo em imagens fotográficas pontilhadas pela leitura de seus belos textos.
Pra mim, foi uma noite para sempre lembrar: Torquato Neto, uma vida curta de obra completa.
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Lourival Lopes Silva é unionense e professor, nas redes sociais.
Confesso que ver um teresinense, mesmo depois de 46 anos de sua morte, ser apresentado como uma pessoa que mudou um cenário cultural no Brasil é algo extremamente gratificante.
Muita coisa já foi dita, e continuará a ser dita, sobre Torquato Neto. Nesses dias passados, foi lançado pelo Global Editora o livro Melhores poemas de Torquato Neto, organizado e prefaciado pelo jornalista Cláudio Portela.
Eu, sempre que posso, faço louvação daquilo que é louvado sobre ele. Era um grande letrista da música brasileira. A prova disso é sua participação no LP Tropicália ou Panis et Circencis, um dos mais perfeitos discos da música brasileira, com os artistas baianos Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Os Mutantes, Nara Leão e Tom Zé.
No documentário, o que me chamou a atenção foi a relação de Torquato com os poetas vanguardistas Haroldo de Campos e Augusto de Campos, e com o artista plástico Hélio Oiticica.
As imagens em movimento de Torquato Neto, no documentário, são do filme de Ivan Cardoso Nosferato do Brasil e do Terror da Vermelha de 1972 dirigido pelo próprio Torquato.
O documentário Torquato Neto – Todas as horas do fim é riquíssimo em imagens fotográficas pontilhadas pela leitura de seus belos textos.
Pra mim, foi uma noite para sempre lembrar: Torquato Neto, uma vida curta de obra completa.
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Lourival Lopes Silva é unionense e professor, nas redes sociais.
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