Como as pessoas agem pelo que leem ou escutam, principalmente nas rádios e televisões (e, mais recentemente, na internet e nas redes sociais), a notícia deixa de mostrar o que realmente deveria ser para se tornar o que a fonte declara que acontece ou vai acontecer.
O mundo político é recortado da realidade pelos jornalistas. Portanto, ao ler ou escutar o noticiário, especialmente quando se trata de escândalo ou da espetacularização da notícia, todo cuidado é pouco.
Se em tempos normais a imprensa corporativa e comercial seleciona a parte mais importante do fato e gera a polêmica, que alimenta o noticiário, em período eleitoral o risco de que isto aconteça é muito maior. E na internet e nas redes sociais o cuidado deve ser redobrado, porque nelas é comum a publicação de notícias falsas ou não checadas.
Na opinião de Malena Rehbein Rodrigues, no livro Imprensa e Congresso ou como a mídia pauta a política, a mídia exerce uma ação política porque é a publicizadora, a construtora da realidade e a indutora da memória coletiva, atingindo ou invadindo o imaginário popular.
Registra-se, finalmente, que os veículos de comunicação, antes de qualquer coisa, são empresas – e, como tal, buscam formas de maximizar os seus ganhos. Como diz o filósofo Roberto Romano, em Fim da política do Estado e da cidadania?, de 2014, “a mídia, quando se acumplicia aos interesses financeiros globais, administra campanha de terror contra os povos e dirigentes que não obedecem aos ditames de empresas”.
Como se sabe, os veículos de comunicação, no Brasil, são parte de grandes grupos empresariais, cujos proprietários ou acionistas possuem negócios em quase todos os setores da atividade econômica, alguns dos quais regulados pelo governo. Embora sejam muito mais confiáveis e responsáveis que as redes sociais, também podem moldar ou recortar o noticiário para melhor atender a seus anseios e interesses empresariais, comerciais ou ideológicos.
Por isso, todo cuidado é pouco, tanto de parte dos candidatos quanto dos eleitores, na leitura do noticiário, recheado de notícias falsas ou não checadas, que são veiculadas, além das redes sociais, nos veículos da imprensa comercial.
Este texto é parte integrante da cartilha, de nossa autoria, que trata das Eleições Gerais – 2018: orientação a candidatos e eleitores.
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Antônio Augusto de Queiroz é jornalista, analista político, diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), idealizador e coordenador da publicação Cabeças do Congresso. É autor dos livros Por dentro do processo decisório – como se fazem as leis e Por dentro do governo – como funciona a máquina publica. Artigo reproduzido do site Congresso em Foco.
O mundo político é recortado da realidade pelos jornalistas. Portanto, ao ler ou escutar o noticiário, especialmente quando se trata de escândalo ou da espetacularização da notícia, todo cuidado é pouco.
Se em tempos normais a imprensa corporativa e comercial seleciona a parte mais importante do fato e gera a polêmica, que alimenta o noticiário, em período eleitoral o risco de que isto aconteça é muito maior. E na internet e nas redes sociais o cuidado deve ser redobrado, porque nelas é comum a publicação de notícias falsas ou não checadas.
Na opinião de Malena Rehbein Rodrigues, no livro Imprensa e Congresso ou como a mídia pauta a política, a mídia exerce uma ação política porque é a publicizadora, a construtora da realidade e a indutora da memória coletiva, atingindo ou invadindo o imaginário popular.
Registra-se, finalmente, que os veículos de comunicação, antes de qualquer coisa, são empresas – e, como tal, buscam formas de maximizar os seus ganhos. Como diz o filósofo Roberto Romano, em Fim da política do Estado e da cidadania?, de 2014, “a mídia, quando se acumplicia aos interesses financeiros globais, administra campanha de terror contra os povos e dirigentes que não obedecem aos ditames de empresas”.
Como se sabe, os veículos de comunicação, no Brasil, são parte de grandes grupos empresariais, cujos proprietários ou acionistas possuem negócios em quase todos os setores da atividade econômica, alguns dos quais regulados pelo governo. Embora sejam muito mais confiáveis e responsáveis que as redes sociais, também podem moldar ou recortar o noticiário para melhor atender a seus anseios e interesses empresariais, comerciais ou ideológicos.
Por isso, todo cuidado é pouco, tanto de parte dos candidatos quanto dos eleitores, na leitura do noticiário, recheado de notícias falsas ou não checadas, que são veiculadas, além das redes sociais, nos veículos da imprensa comercial.
Este texto é parte integrante da cartilha, de nossa autoria, que trata das Eleições Gerais – 2018: orientação a candidatos e eleitores.
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Antônio Augusto de Queiroz é jornalista, analista político, diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), idealizador e coordenador da publicação Cabeças do Congresso. É autor dos livros Por dentro do processo decisório – como se fazem as leis e Por dentro do governo – como funciona a máquina publica. Artigo reproduzido do site Congresso em Foco.
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