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Redação

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13/03/2019 - 08h28

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13/03/2019 - 08h28

Massacre de Suzano reacende debate sobre armamento de Bolsonaro

Dez pessoas foram mortas e outras 17 ficaram feridas numa escola estadual, em Suzano-SP, nesta quarta-feira, 13. Os atiradores foram dois adolescentes que se suicidaram.

 Uol

 

Ao menos 10 pessoas foram mortas e outras 17 ficaram feridas na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano-SP, na manhã desta quarta-feira, 13. Os atiradores foram dois adolescentes, que se suicidaram em seguida.

Entre as vítimas estão cinco estudantes, duas funcionárias e o dono de uma locadora próxima ao local. Os atiradores são ex-alunos da instituição e também se mataram.

Os disparos foram feitos por volta de 9:30 h, no intervalo das aulas.

O massacre aumentou a discussão sobre a lei de armamento proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Enquanto parte da população e parlamentares defendem que os jovens não deveriam dispor de armas no momento, outra parte acredita que funcionários da escola deveriam estar armados para evitar os disparos e as mortes.

Desarmamento x Armamento 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que espera que não comecem a dizer que se os professores estivessem armados, a tragédia teria sido evitada. "Segurança é dever do Estado e não do cidadão", enfatizou.

Mais cedo, o senador Major Olímpio (PSL-SP) afirmou que o massacre poderia ter sido evitado caso os funcionários da escola estivessem com armas. "Se os professores estivessem armados e se os serventes estivessem armados, essa tragédia de Suzano teria sido evitada", disse Olímpio, durante reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado. 

O senador, um dos maiores apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL), tem como principais pautas a revogação do estatuto do desarmamento e a redução da maioridade penal. 

Já o deputado capitão Wagner (Pros-CE) chamou atenção para a responsabilidade dos parlamentares em relação a projetos que liberem o uso indiscriminado de armas para a população. "Nós temos que ter pré-requisitos estabelecidos e rigorosos para as pessoas poderem portar arma de fogo. Não dá para fazer populismo com um tema tão importante. A gente sabe que grande parte da população brasileira quer ter uma arma na cintura, mas a responsabilidade para ter uma arma na cintura é muito grande”, ponderou.

Para o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP), o fato ocorrido na escola estadual Professor Raul Brasil é lamentável. Ele defende que o País repense o sistema de segurança pública atual. Para ele, faltam medidas efetivas de segurança pública e o Legislativo tem parcela de culpa nessa situação.

O deputado Nilto Tatto (PT-SP) relacionou o episódio à cultura da violência e à liberação indiscriminada de armas no País e questionou os parlamentares que defendem o porte de armas como solução para a violência.

Milícias

Presidente da Comissão de Direitos Humanos durante o ano passado, o deputado Marcon (PT-RS) lembrou ainda a prisão dos matadores de Marielle Franco e as buscas da polícia, que encontrou centenas de armas em locais ligados aos milicianos presos. O parlamentar pediu agilidade na criação de uma CPI para investigar as milícias.

Uol

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